O policial militar Allison Tomazelli Barbosa, de 27 anos, foi preso por tentativa de feminicídio após chutar a irmã, de 19 anos, de um barranco e tentar matá-la afogada no rio Miranda, em Guia Lopes da Laguna, no Mato Grosso do Sul.
Segundo testemunhas, o PM retirou a irmã, que estava dormindo, de um carro, e começou a agredi-la com tapas e empurrões. Depois, ele chutou a mulher, que caiu de um barranco de mais de 2 metros e desmaiou.
Mesmo desmaiada, o suspeito pulou na margem do rio e continuou a agredir a vítima com tapas no rosto. Com a justificativa de que a irmã estava “fingindo”, Barbosa começou a afogá-la várias vezes.
Outras duas pessoas tentaram impedir as agressões, mas acabaram sendo chutadas pelo policial. Os relatos das testemunhas apontam que todos que estavam no local tinham ingerido bebidas alcoólicas.
Uma pessoa chamou os Bombeiros e a Polícia Militar, que levaram a jovem para um hospital em Guia Lopes da Laguna com escoriações e luxações por todo o corpo. O caso foi registrado como tentativa de feminicídio e lesão corporal na delegacia de Polícia Civil de Jardim, cidade vizinha do local do crime.
O PM foi preso em flagrante mas, nesta segunda-feira (24), foi liberado, após ter a prisão convertida em preventiva. Ele foi proibido de se aproximar da irmã, vítima de tentativa de feminicídio, e das testemunhas.
A Polícia Militar de Roraima informou por meio de nota “que recebeu cópia do Auto de Prisão em Flagrante do militar, que foi preso no estado do Mato Grosso do Sul. Informou ainda que encaminhará o referido documento à Corregedoria da Polícia Militar de Roraima para fins de instauração de Processo Administrativo Disciplinar, garantindo-lhe ampla defesa e contraditório”.
PM foi baleado nos testículos
Este não é o primeiro caso de violência em que Barbosa, que é policial em Roraima, esteve envolvido. Em setembro do ano passado, ele foi atingido com tiros nos testículos, em uma tentativa de homicídio cometida por uma policial militar.
Na época, Barbosa afirmou que foi baleado após negar sexo oral oferecido pela mulher e disse que ela teria ficado com ciúmes porque ele pediu o telefone de outra pessoa enquanto estavam em um bar. A militar, por sua vez, alegou que foi atacada por ele e não lembra se a arma dela disparou ou se foi a do policial. Redação da Revista Fórum com informações do g1.