“Não me sinto isolada pelo Partido dos Trabalhadores. Não adianta quererem fazer intriga entre mim e o presidente Lula. Nossa relação de confiança já foi testada inúmeras vezes e é inabalável. Não sou candidata a nenhum cargo.”
O suposto isolamento veio a público após Dilma não ser convidada para o jantar entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido), cotado para vice. Além disso, nos bastidores do partido, se discute qual será o papel de Dilma durante a campanha presidencial deste ano.
“Jornalistas devem ligar para minha assessoria quando quiserem saber o que penso. Notícias vêm sendo veiculadas sem qualquer tipo de apuração. Não tenho porta-vozes na grande imprensa”, completou a petista nas redes sociais.
Em 28 de janeiro, durante uma entrevista, Lula disse que respeitava Dilma e a admirava, porém, afirmou que lhe parecia “que ela não gostava muito de conversar”. “E tem gente que é assim.”.
Ao comentar que política não se aprende da universidade, Lula declarou que, apesar da competência técnica da sua sucessora, ela parecia não estar aberta ao diálogo e justificou afirmando que a experiência da Dilma “foi muito sofrida”.
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo revela que a cúpula do PT decidiu se posicionar abertamente sobre as críticas à política econômica implementada no governo de Dilma Rousseff. A pedido de Lula, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega prepara um documento em que não só defende a gestão petista, mas também reconhece seus equívocos.
O objetivo é esgotar o debate antes que chegue à campanha eleitoral, dissecando as circunstâncias que levaram à crise econômica de 2015 e culminaram no impeachment de Dilma em 2016. A estratégia parte da premissa de que seria improdutivo tentar esconder a petista durante a campanha.
Reunida com Lula no dia 13 de janeiro, Dilma avisou que ela mesma defenderá seu governo quando atacada durante a campanha. Com informações do Folhapress.