Acostumado com a folia e a aglomeração do Carnaval, o cantor e compositor Miller lamentou mais um ano sem carnaval na Bahia em função da pandemia do novo coronavírus. “Ficar mais um ano sem carnaval acaba nos impactando de um modo afetivo e também financeiro. Como todos sabem, o carnaval é um período muito importante para todos que vivem da música e para todos os trabalhadores da indústria do carnaval. No entanto, compreendo que em função da Covid-19 ainda não é o momento de retornar com uma festa tão grandiosa como o carnaval”, declara Miller.
Nos últimos meses, empresários ligados ao Carnaval pressionaram prefeitura e governo a liberar a realização da festa nas ruas da cidade. Em novembro, um grupo chegou a fazer um protesto no Farol da Barra em defesa do Carnaval. “Na verdade, a nossa relação com o carnaval é algo inexplicável. Seja como folião ou como artista, esperamos um ano inteiro para curtir a maior festa de rua do mundo. E, apesar de entender a importância de medidas de controle e combate ao coronavírus, a suspensão da festa pelo segundo ano, deixa um vazio”, acrescenta o artista.
De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), no ano passado, R$ 1,7 bilhão deixou de circular em Salvador sem o carnaval. O cancelamento atingiu cerca de 60 mil trabalhadores envolvidos com a festa. “O povo baiano e os turistas que passam por aqui, tem uma forte conexão com a música. Com isso, sigo levando muita diversão às casas de shows de Salvador e Região Metropolitana. Em dezembro, lancei meu CD que foi produzido no Espaço D+ Bar, onde acontecem nossos ensaios todos os domingos seguindo todos os protocolos de segurança sanitária de prevenção à Covid”, conclui Miller.
Sobre Miller
O artista iniciou seu trabalho em 2005, numa banda de pagode da escola, chamada Pagokids, onde participava de festivais e concursos escolares. Em 2011 montou uma banda de samba, chamada Samoleques, antes de se mudar para o Engenho Velho de Brotas, bairro bastante conhecido por ser um celeiro musical.
Foi convidado para cantar na Banda Samba de H, e começou a conhecer outros artistas do samba e do pagode. Durante este período abria os shows da Banda Paparicco, até receber a proposta de cantar na mesma em 2014 e permaneceu como vocalista da Banda Paparicco durante cinco anos. Em outubro de 2019, saiu da Banda Paparicco e lançou carreira solo em janeiro de 2020, ao longo do primeiro ano de carreira solo, participou de pré-carnavais de bairros, Lavagem de Itapuã, Carnaval de Salvador, e vinha realizando o ensaio noite da pirracenta, até começar o isolamento social em função da pandemia do coronavírus. Com informações de assessoria.