A jovem Helena Thayane Melo Kuyven, natural do município baiano de Luís Eduardo Magalhães, está no 2º ano do curso de medicina na Universidade Médica Estatal de Kursk, localizada em Kursk, a cerca de 500 km de Moscou, capital da Rússia. Ela comenta sobre o baixo custo de estudar fora, além de ser um diferencial no currículo.
O baixo custo está ligado aos subsídios garantidos pelo governo russo para os alunos estrangeiros que vão estudar no país, visto que o valor do semestre é fixo até o aluno se formar e inclui hospedagem e seguro médico. O valor ainda, segundo especialistas, é inferior ao cobrado pelo curso no Brasil.
Ao voltar para o país o estudante submete o diploma ao processo de reconhecimento em uma universidade brasileira, o ‘Revalida’, que é um procedimento padrão para qualquer aluno que faça graduação em centros de ensino estrangeiros. Cerca de 80% dos estudantes obtêm o registro no Conselho Regional de Medicina no mesmo ano em que chegam.
Conforme pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio (Belta), cerca de 302 mil estudantes vivem fora do país, uma marca 23% maior do que antes da pandemia de covid-19. “A ideia de estudar em outro idioma, em outro continente, me pareceu sempre muito plausível para realizar meus sonhos”, conta Helena ao comentar sobre o diferencial de ter o ensino todo em inglês.
A estudante de 21 anos desembarcou na Rússia no começo do mês de fevereiro e já percebe as diferenças culturais. Ela conta que se vê frente a um desafio, mas realizável. Helena obteve como responsável pelo seu desembarque e processo de orientação da faculdade a ‘Aliança Russa’, uma representante oficial das universidades russas no brasil.
Jornal da Chapada