O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, negou apoio ao ex-presidente Lula (PT) no primeiro turno das eleições de 2022. No dia 7 de fevereiro, ambos se encontraram em São Paulo, mas o ex-prefeito descartou a aproximação.
“Não tem ‘aproach’ nenhum com o Lula, nós [o PSD] vamos ter candidato próprio. O fato de eu ter me encontrado com o Lula recentemente não diz nada. Desde 1986 que eu converso com o Lula”, despistou o presidente do PSD em entrevista ao Valor Econômico.
Kassab também afirmou que não há articulação com o PT na Bahia para abrir mão da pré-candidatura do senador petista Jaques Wagner ao governo, o que cederia a cabeça de chapa ao senador Otto Alencar (PSD-BA). Governado atualmente por Rui Costa, o Estado está há 16 anos sob o comando do PT.
“Não temos nenhuma discussão com o PT que envolva questões regionais e a Bahia é um tema local que nem passa por mim”, pontuou o ex-prefeito de São Paulo.
Segundo o dirigente do PSD, Otto Alencar é candidato à reeleição ao Senado, na chapa do PT. “Isso está sendo discutido localmente, não tem nenhuma vinculação nacional, tem zero repercussão no plano nacional. Nós vamos ter candidato próprio a presidente”, ressaltou Kassab.
PSD tem candidato próprio à Presidência
O plano do PSD é ter como candidato ao Palácio do Planalto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O parlamentar, no entanto, tem dado sinais de que está mais interessado em se reeleger para a presidência do Senado.
“Ele ainda está avaliando, foi convidado para ser candidato, pediu tempo para avaliar e está avaliando. Tem tudo para ele ser candidato, eu mesmo vou coordenar a campanha dele se ele aceitar a candidatura, ele mesmo me convidou”, afirmou Kassab.
“Agora, se ele decidir que não será candidato a presidente, o [governador gaúcho do PSDB] Eduardo Leite é uma boa alternativa, não é?”, indagou.
Já o governador Rui Costa está no seu segundo mandato e, portanto, não pode ser candidato à reeleição. Por isso estaria interessado em disputar a vaga ao Senado atualmente ocupada por Otto Alencar, que teria de desistir do projeto de reeleição ao cargo. Nessa hipótese, o vice-governador baiano, João Leão (PP), assumiria o governo do Estado até o final de dezembro. As informações são da Revista Fórum.