Um fotógrafo de Itanhaém, no litoral de São Paulo, flagrou um fenômeno que gerou curiosidade em milhares de pessoas nas redes sociais. Além da beleza das imagens, o fenômeno, gerado por raios ‘anticrepusculares’, ocorre, de acordo com Nícolas Schukkel, de 27 anos, anualmente e na mesma época do ano. As luzes foram flagradas por Schukkel pela primeira vez em 2016.
Em entrevista ao g1 nesta quarta-feira (23), o fotógrafo pontuou que os raios anticrepusculares surgem do lado oposto ao pôr do sol, portanto, na direção do nascer da estrela. Por coincidência ou não, ele relata sempre enxergar o fenômeno na cidade no fim de fevereiro.
Schukkel conta que seu primeiro registro da cena foi em 2016, ainda sem saber do que se tratava. Em 2018, ele tirou outra foto, que depois notou semelhanças com a tirada em 2016. Em 2020, com o terceiro fenômeno fotografado, também na mesma época do ano, ele confessou ter ficado intrigado. “Pensei que não poderia ser coincidência”, disse.
Conforme relata, ele passou a sempre procurar pelo fenômeno nas últimas semanas de fevereiro. Após o registro mais recente, da última segunda-feira (21), Nícolas publicou algumas fotografias nas redes sociais.
As publicações, que somaram milhares de curtidas e compartilhamentos, receberam comentários de internautas encantados com a beleza natural. Apesar da aparente surpresa, o climatologista Rodolfo Bonafim afirmou ao g1 que o fenômeno não é totalmente desconhecido.
Raios anticrepusculares
De acordo com o especialista, os raios anticrepusculares acontecem durante o pôr do sol, assim como os crepusculares podem ser vistos no nascer da estrela. Ele explica que, devido à distância, os raios fazem a ilusão de que se juntam em algum momento, o que na verdade não acontece. “É como quando observamos uma linha de trem. No fim, parece que a trilha vai se juntar, mas não junta”, disse.
Nas redes sociais, a sequência de imagens deixou internautas bastante intrigados. Algumas pessoas, inclusive, fizeram referências à aurora boreal, fenômeno que acontece no extremo Norte do planeta e é produzido por partículas solares que, em contato com o campo magnético da Terra, provocam um show de luzes ‘dançantes’ nos céus de países como Finlândia, Suécia e Noruega, por exemplo. Com informações do g1.