A executiva estadual do PT se reúne na próxima sexta-feira (4) para definir se terá candidatura própria ao governo do Estado ou se apoiará o senador Otto Alencar (PSD) na disputa pelo Palácio de Ondina. Na segunda-feira (28), o senador Jaques Wagner (PT) oficializou ao partido a retirada da sua pré-candidatura ao governo. Internamente, os nomes mais citados como possíveis substitutos de Wagner são a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, e os secretários estaduais Luiz Caetano (Relações Institucionais) e Jerônimo Rodrigues (Educação).
Caetano, no entanto, já disse que, com a desistência de Wagner, o nome mais forte para concorrer ao governo é Otto. O secretário “agradeceu” por ser lembrado como possível candidato, mas destacou que a decisão sairá de um “grande consenso do grupo liderado pelo governador Rui Costa, pelos senadores Jaques Wagner e Otto Alencar, e pelo vice-governador João Leão, além dos demais partidos, a exemplo do PSB, PCdoB e Avante”.
“Não acredito que a prioridade seja a escolha de um nome do PT. Pelo contrário, é essencial e indispensável que a decisão seja consensual entre os integrantes da nossa coalizão vitoriosa. Enxergo que, com a retirada da candidatura natural do senador Wagner, por questões pessoais, o nome mais forte é o do também senador Otto Alencar. Esse ponto de vista, por sinal, é o mesmo que tem sido externado pelo ex-presidente Lula”, declarou o petista, por meio de nota.
“Ontem reunimos a executiva estadual com as bancadas federal e estadual. Amanhã, conforme deliberação de ontem, reuniremos o grupo de trabalho eleitoral, e na sexta-feira, a executiva estadual, ambas com pauta única: atualizar nossa tática eleitoral. Há quem defenda a tese da candidatura própria e há também quem acredite que o apoio ao senador Otto, leal aliado de longa data, seja o melhor caminho”, declarou, por meio da assessoria, o presidente estadual do PT, Éden Valadares. “Não gosto de antecipar decisões e busco sempre expressar a opinião coletiva e formal do PT. Temos uma tradição de construção coletiva, valorização da democracia interna e respeito às instâncias. Vamos aguardar o desenrolar das reuniões”, completou o dirigente partidário.
Segundo o relato de petistas, Wagner chegou a se emocionar durante a reunião de segunda, ao informar que não queria concorrer ao governador. O senador também lembrou que Rui deseja disputar o Senado e, para conciliar isso com a manutenção do tripé PT-PSD-PP, a única alternativa dos petistas seria abrir mão da cabeça de chapa. Ainda conforme filiados ao partido, o clima na militância é de irritação e desânimo com a decisão de Wagner, um dos maiores líderes da legenda no estado. Com informações do jornal A Tarde.