A variante que vem sendo chamada de Deltacron, por reunir características genéticas das cepas batizadas de Ômicron e Delta, não foi classificada até o momento como variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Quem faz a observação para tranquilizar a população é a presidente da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima. “Não há nenhuma razão para pânico. Há razão sempre para acompanhamento, cuidado e cautela”, afirma Nísia.
“As indicações até agora, pelas características dessa variante, apontam que ela deve ter a mesma resposta da Ômicron em relação à vacina, portanto, as vacinas que temos protegem em relação aos casos graves. E, ao que tudo indica até o momento, o que se verifica é que sua disseminação não se dá na velocidade com que a variante Ômicron se deu”, completa.
Nísia também lembrou a participação da Fiocruz na vigilância genômica das variantes do SARS-CoV-2 que circulam no Brasil. O Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) é referência nacional neste trabalho, que se dá em rede com outros laboratórios coordenados pelo Ministério da Saúde.
Segunda dose de reforço
Nísia também comentou a aplicação da segunda dose de reforço, que começou entre alguns grupos mais vulneráveis à Covid-19, como os das pessoas imunussuprimidas. “A quarta dose tem que ser vista a partir das condições imunológicas como tem sido mostrado, para os casos em que se justifique, e tudo em matéria de Covid tem que ser observado”, explicou.
A presidente da Fiocruz aproveitou para reforçar o apelo à população para que complete o esquema vacinal. “Neste momento, a mensagem mais importante e prioritária é que as pessoas que não completaram o esquema de vacinação com a segunda dose e com a dose de reforço, façam. Essa é a mensagem mais importante, porque foi isso que nos deu proteção contra hospitalizações, agravamento e até mesmo óbitos na onda da Ômicron”, ressaltou. Com informações da Agência Brasil.