O ministro da Cidadania, João Roma (PL), vai deixar o governo federal já com um desafio pela frente: o de concorrer a vaga ao Governo da Bahia nas eleições de outubro. Ele se tornou a principal voz do governo Bolsonaro no estado e entra na disputa com a proposta de fazer o Bahia caminhar de mãos dadas com o Brasil comandado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição.
Porém, aqui vai encontrar um cenário dividido, um lado liderado pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), e do outro o secretário estadual de educação, Jerônimo Rodrigues (PT).
“O que ouço nas ruas é que as pessoas querem uma opção. Elas enxergam que o Brasil está caminhando para um lado e a Bahia está patinando para o outro. Cada vez mais é importante que a gente coloque a Bahia como protagonismo nacional. Nós queremos cada vez mais que a Bahia esteja de mão dadas com o Brasil. Me filiei ao PL ao lado do presidente Bolsonaro, para que a gente possa apresentar alternativas para os baianos”, afirmou Roma durante entrevista, nesta terça-feira (29), ao programa Nova Manhã, da rádio Nova Brasil FM, comandado pelo editor-chefe do Portal M!, o jornalista Osvaldo Lyra.
Desafios
O Estado caminha para quase 16 anos de governos do PT e, de acordo com Roma, existem questões na Bahia que por décadas não se resolvem, destacando os impactos na agropecuária, educação e segurança pública.
“Nós temos a Bahia com muitos setores de desenvolvimento, o Agro é um deles que simplesmente é deixado de lado. O governo não dá nenhum valor a atividade agropecuária na Bahia. Essa atividade que só em Luís Eduardo Magalhães por exemplo, representa hoje 18% das exportações da Bahia. É preciso superar os entraves como o dilema da educação e segurança pública na Bahia. Não é possível que a gente tenha uma Bahia, onde a gente não possa sair de casa. Nós temos muitas questões para buscar e cada problema desse precisa de um diagnóstico, da consciência da população, para que nós enquanto sociedade possamos superar todas essas dificuldades”, diz.
Terceira Via
O ministro ressalta que naturalmente terá uma vinculação clara da caminhada dele ao lado do presidente Bolsonaro, uma vez que estão no mesmo partido e que hoje, segundo o político, os baianos já identificam sua figura ao lado do mandatário. Por outro lado, Roma discorda que estará na posição da terceira via, já que para ele as eleições serão “muito polarizadas”.
“De um lado eu estarei com o presidente Bolsonaro, do outro vai ter uma movimentação do PT na Bahia, para ser vinculada ao candidato Lula e tem a candidatura de ACM Neto. No plano ortodoxo da política eu estou representando o governo [federal] e a oposição no plano local”, pontua o ministro, ressaltando que ainda não há definição de vice na chapa dele. As informações são do Portal Muita Informação.
Confira a entrevista: