Para conferir os resultados dos investimentos do Governo do Estado, por meio do projeto Bahia Produtiva, em cooperativas da agricultura familiar, a Missão do Banco Mundial iniciou uma série de visitas às organizações produtivas de diferentes regiões da Bahia. Na última quarta-feira (4), o grupo visitou a Cooperativa dos Produtores de Abacaxi de Itaberaba (Coopaita), no portal de entrada da Chapada Diamantina.
A Coopaita beneficia mais de 300 mil quilos de frutas, como jaca e banana, mas o carro-chefe é o abacaxi, com a produção de frutas desidratadas em embalagens de 100 e 250 gramas e também de um quilo. A matéria-prima utilizada vem das propriedades de 115 famílias de agricultores familiares associadas à cooperativa.
Foram destinados recursos de R$2,3 milhões para a Coopaita, aplicados na profissionalização da gestão, na base produtiva e na ampliação e modernização da unidade de beneficiamento para a desidratação do abacaxi, aumentando sua capacidade produtiva e centralizando a operação de barras de cereais e desidratação de frutas, com início das atividades de liofilização.
Também houve investimento em assistência técnica e extensão rural (Ater). Os trabalhos do Assistente Técnico na Gestão (Ateg) e do Assistente Técnico da Produção (Ater) vêm trazendo melhorias na gestão e benefícios para a base produtiva e na operacionalização das agroindústrias.
O coordenador do Bahia Produtiva explica que as missões de monitoramento e avaliação do Banco Mundial, são feitas com a realização de diversas reuniões e também com as visitas a campo. “A Coopaita produz abacaxi de alta qualidade, destinado à mercados mais exigentes. A escolha dessa Cooperativa para fazer parte das visitas foi em função dos excelentes resultados após os investimentos do Bahia Produtiva, que resultam no aumento da produtividade da cultura do abacaxi e, consequentemente, na renda dos cooperados”.
Segundo o gerente do Bahia Produtiva pelo Banco Mundial, Erivelthon Lima, a missão do Banco está dividida em duas etapas. A primeira busca entender como está a execução do projeto, problemas e tarefas pendentes e a segunda é o trabalho em campo, de visita aos beneficiários diretos do projeto.
“Vimos que a cooperativa recebeu um apoio importante, tanto na parte de assistência técnica para a gestão, tanto para os agricultores. A parte produtiva do empreendimento está funcionando bem e a parte agroindustrial está sendo implementada. O Banco considera que os investimentos têm uma lógica clara, com enfoque de mercado bem definido e um serviço de Ater e gestão de excelente qualidade. Temos certeza que as melhorias proporcionadas pelo Bahia Produtiva vão gerar impactos positivos na comunidade, nos negócios e vão melhorar a vida de muitas famílias nesse município. Este é o tipo de empreendimento, de investimento, que o Banco gosta de ver que gera resultado. reduz a pobreza e traz dignidade para as famílias”.
A cooperativa está finalizando os investimentos em uma nova unidade produtiva, mais funcional e com autonomia em energia renovável, com implantação de sistema de energia solar. A nova unidade será autossuficiente na operação, com a utilização de energia de fontes sustentáveis.
Sua atuação no mercado contempla grandes redes de supermercados e varejos diversos da alimentação saudável. Os produtos encontram-se nas redes de supermercados da Cencosud, Bom Preço e Atakarejo. Vendem também o produto no mercado organizacional como matéria-prima para produtos das empresas Tia Sônia e Nativa Produtos Orgânicos e Naturais.
Para o presidente da Coopaita, Aderval Queiroz, o projeto Bahia Produtiva deu suporte e transformou a vida dos produtores. “Com a ampliação da fábrica, o processo de produção e o escritório que não era na sede passaram a ser, otimizando os custos da cooperativa e trazendo uma economia que nos dará sustentabilidade. Além dos equipamentos que irão melhorar a área de produção e vamos poder receber mais frutas dos produtores. O suporte dos profissionais com Ater e Ateg nos mostrou onde podemos avançar. A transformação é real e temos muitas expectativas de avançar mais com produtos in natura, os desidratados e outros produtos que poderão ser lançados. Temos muita expectativa, muitos desafios, mas certos do sucesso”.
A missão segue até o dia 13 de maio. Participaram da visita pelo Banco Mundial Eirivelthon Lima, Economista Agrícola Sênior e Gerente do Projeto; Leonardo Bichara, Economista Agrícola Sênior; Monica Tambucho e Daniella Arruda, Analistas de Operações; e Luís Dias Pereira, Especialista da FAO.
O Bahia Produtiva é um projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), cofinanciado pelo Banco Mundial. Com informações de assessoria.