Os moradores das comunidades de ‘Bocaina’ e ‘Mocó’, de Piatã, na Chapada Diamantina, questionaram a criação da Comissão de Acompanhamento de Empreendimento (CAE) da mineradora Brazil Iron, que ocorreu na última quinta-feira (18), na Escola Municipal da Bocaina, e reforçaram que comissão se trata de uma exigência do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).
“Sendo nada mais que uma exigência do Inema após interdição das atividades da empresa, a realização da CAE é obrigatória, de modo que a empresa só a faz para superar o empecilho da interdição e voltar a operar e gerar impactos sem o menor respeito à comunidade”, pontua o grupo ‘SOS Bocaina e Mocó’, por meio das redes sociais.
CAE
Após interdição temporária determinada pelo Inema, a mineradora decidiu que irá se reunir por meio da Comissão de Acompanhamento do Empreendimento com instituições e comunidades locais mensalmente para discutir dúvidas, sugestões e críticas.
Contudo, o grupo por meio das redes sociais, que representa as comunidades próximas à empresa, denunciaram “caráter antidemocrático da CAE”. A primeira reunião da Comissão de Acompanhamento do Empreendimento acontecerá no dia 14 de junho, às 19h, em local ainda a ser definido.
“Cabe às comunidades, população da cidade e às organizações interessadas denunciar o caráter antidemocrático da CAE e do modelo mineral em curso no país, e exigir de fato, da empresa e do poder público, espaços e mecanismos de participação e decisão, através dos quais as comunidades possam decidir o quanto o empreendimento pode expandir no território, quais limites devem ser respeitados para preservar a saúde da população, a água, o solo, plantas e os animais, entre outros aspectos”.
Jornal da Chapada