O número de vagas disponibilizadas pela Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), para acolhimento transitório de usuários de substâncias psicoativas deverá ser ampliado em seis vezes, saindo de 70 para 420 vagas. O reforço do acolhimento residencial transitório, no âmbito da Prefeitura de Salvador, foi anunciado na manhã desta segunda-feira (13), durante a abertura da Semana Municipal de Políticas sobre Drogas, no Centro de Cultura da Câmara Municipal.
A Semana promove ações de educação e intervenções preventivas, assistencial, de promoção da saúde e direitos humanos. Com o tema “Reinventando Caminhos: Redução de danos, uma estratégia possível”, a programação acontece até a próxima quarta-feira (15), articulando a rede de atenção e cuidado aos usuários de drogas.
O evento acontece pelo segundo ano consecutivo, promovido pela Diretoria de Política Sobre Drogas da Sempre, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A ação tem como objetivo promover espaços de troca de experiências, que contribuam na difusão de informações sobre o fenômeno da droga e na superação de estigmas atrelados aos usuários.
Presente ao evento, a vice-prefeita Ana Paula Matos destacou que a gestão municipal não medirá esforços para criar ações e políticas públicas para o setor. “A Prefeitura está totalmente comprometida com a causa, unindo forças com toda a rede municipal, envolvendo a saúde, assistência social e diversos órgãos, para prevenir o uso de drogas e cuidar dos usuários, para que estes tenham tratamento adequado e novas oportunidades”, declarou.
Integração
O titular da Sempre, Daniel Ribeiro, explicou que o evento acontece com o intuito de pensar e discutir políticas públicas de prevenção. “A missão é prevenir, cuidar, acolher, reduzir e incluir, buscando integrar todas as iniciativas possíveis, para fortalecer ações de enfrentamento, prevenção e redução de danos”.Já a diretora de Política sobre Drogas da Sempre, Juliana Portela, destacou a responsabilidade da gestão em articular os serviços, fortalecer e levar conhecimento sobre o tema. Ela ressaltou a importância de fomentar o debate sobre o uso das drogas, para criar estratégias na condução o processo.
“A proposta é levar para os soteropolitanos a pauta da política sobre drogas, para a redução de danos. A família precisa abortar com os seus jovens essa pauta, levando informações corretas, desconstruindo estigmas. A falta do diálogo leva à curiosidade e os problemas decorrentes do uso de substâncias psicotrópicas, infelizmente, podem chegar a qualquer família”, afirmou.
Dignidade
A diretora de Projetos da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra), Francine Souza, afirmou que falar sobre drogas é pensar na dignidade da pessoa humana. A instituição atua no acolhimento de 150 pessoas em situação e 35 para tratamento do uso intensivo da substituição. “A droga nada mais é do que um agente que as pessoas acessam como algo que vai tirar algum tipo de sofrimento, mas que termina viciando e levando para o uso abusivo e doloroso. É de suma importância construir possibilidades e estratégias para superação do vício”, disse. Com informações de assessoria.