Nessa minha opinião, vamos analisar a vinda da comitiva do governador Rui Costa (PT), no último sábado (16), em Itaberaba, município que sediou o Programa de Governo Participativo (PGP) 2022. Esse PGP pauta as diretrizes de gestão do pré-candidato do Partido dos Trabalhadores na Bahia, Jerônimo Rodrigues. O evento contou com a presença de 30 prefeitos de municípios que integram dois territórios de identidade, o Piemonte do Paraguaçu, onde está inserido Itaberaba, sede do evento, e o da Chapada Diamantina.
Notamos que Rui Costa possui uma base forte na região, já que os gestores atenderam seu chamamento e não deixaram ele falando sozinho em palanque, ou seja, cada um dos prefeitos trouxeram suas comitivas, sendo a mais expressiva delas a do município de Iaçu, com cerca de duas mil pessoas, segundo o gestor Nixon Duarte, que fez questão de informar o dado à Rádio Diamantina FM. O prefeito Nixon e seu aliado, o velho Macarrão, não dão ponto sem nó. Na minha opinião, ao aparecer no evento com tanta gente, conduzindo o governador em carreata do município até o Clube dos Sargentos em Itaberaba (local do evento), o motivo deve ter sido para se valorizar, ou quem sabe, receber benefícios no futuro.
Estão certos eles. Dizem que o público estimado do PGP de Itaberaba foi de cinco mil pessoas, e pode ter sido até mais, já que cada cidade presente trouxe 100, 150, 200, 250 pessoas, e por aí a fora. Porém, na minha opinião, o que chamou mesmo a atenção do público presente foi a pouca presença do povo de Itaberaba, público-alvo do evento. Para vocês terem uma ideia, no evento de Rui não tinha exagerando mil pessoas do município.
Já no dia do evento de ACM Neto, que teve um público com cerca de sete mil pessoas, 99% das presenças eram de Itaberaba, que atenderam ao chamamento do prefeito Ricardo Mascarenhas (PP). A espontaneidade do evento foi contagiante, afinal, com todos os desgastes peculiares a um gestor que caminha no segundo mandato, Ricardo tem credibilidade com a população, não é como o outro que é conhecido como ficha suja, como o prefeito do Fantástico, da Rede Globo, além dos altos números de processos por corrupção. Inclusive, há uma ação com sentença, que não entendo porque ainda não transitou em julgado, tornando-o inelegível.
Fato é que, na minha modesta opinião, o PGP do PT não conseguiu superar o número do evento realizado no mesmo espaço pelo grupo do prefeito de Itaberaba, oportunidade, em que euzinha, conhecia quase todos os presentes, desde o mais simples da periferia às lideranças que estavam no palanque. Aliás, só ouso fazer essa opinião porque conheço os dois territórios como a palma da minha mão, ou seja, conheço a liderança que está no poder, a que esteve e a que possa estar no futuro. E, se você quiser testar meu conhecimento e minha memória fotográfica, manda uma foto de plateia e outra de palanque que sou capaz de nomear cada um, ou por nome próprio, ou por cargo ou função na administração pública ou na política regional.
Para não dizer que não enxerguei os moradores de Itaberaba, ressalto a presença do ‘PT raiz’, citando nomes como os de doutor Gilmar, Regi do PT, Berinho, Laurita, Valmir do Mel, entre outros, além do pessoal do PCdoB, pelos quais tenho grande apreço, como Aroldo da Caixa, Edi e Antonio do Sindicato, acompanhados do vereador do partido Adaias da Feira. Vale lembrar também da presença de umas 30 pessoas lideradas pelo doutor Nadson do Hospital da Chapada, apoiador de Jorge Solla, de umas 50 pessoas lideradas por Zé Raimundo (MDB), além do vereador Zé Antônio, que deve ser líder de si mesmo. Falando nesses vereadores, ambos são da bancada do prefeito Ricardo, vai lá entender.
Com tudo isso que citei, não tenho dúvida em dizer que o gestor de Itaberaba foi o vencedor do embate com o governador Rui Costa, e uma das razões, na minha opinião, pode ter sido os ataques que o governador Rui Costa tem feito ao prefeito da cidade, inclusive, com adjetivos como traidor, mal agradecido… Como traidor, eu defendo Ricardo Mascarenhas, afinal, tenho acompanhado de perto “a peleja” e o que tenho que dizer é que se houve traição, quem primeiro traiu foi Rui Costa quando escolheu ficar em cima do muro na eleição municipal, fato que beneficiou o adversário de Ricardo. Então governador, muda o discurso, não fale mais em traição, logo o senhor que traiu o PP de João Leão?.
Aproveitando o ensejo, gostaria de citar nesse espaço para comunicar aos nossos leitores que em virtude das brigas, como se diz no adágio popular, “bate-bocas de comadres”, não estamos divulgando os “disse me disse” sobre o Hospital Regional de Itaberaba (HRI). Agora, quando houver uma coisa concreta, como por exemplo, o município vai reabrir o HRI, ou governo do Estado vai reabrir o HRI, com certeza, vocês vão ler aqui no Jornal da Chapada. Não levamos 24 anos para conseguir credibilidade e viver de disse me disse, desculpem o desabafo.
Deninha Fernandes é editora-chefe do Jornal da Chapada