O diretor da CUT na Bahia e do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social, Valdemir Medeiros, afirmou que a sanção do PL 2564, que estabelece o piso salarial dos profissionais da enfermagem, vai corrigir uma distorção histórica na remuneração de enfermeiros, auxiliares e técnicos.
Segundo ele, os trabalhadores precisavam de até três empregos para formar um salário compatível com as suas necessidades. “Agora é fiscalizar o cumprimento da lei. Houve um lobby muito grande dos donos de hospitais e clínicas, mas com muito esforço e muita mobilização nas ruas, conseguimos essa grande vitória para a classe trabalhadora”, disse.
O texto do projeto, aprovado pela Câmara e pelo Senado, fixou em R$ 4.750 o piso nacional de enfermeiros, valor que serve de referência para o cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras (50%).
O piso salarial já está em vigor após a publicação, sendo assegurada a manutenção das remunerações e salários vigentes superiores ao piso.
Dados do Conselho Federal de Enfermagem apontam que as mulheres são 85% dos mais de 3,5 milhões de profissionais distribuídos em todo o Brasil. A maior parte é formada por técnicos e auxiliares (80%) e o restante (20%) enfermeiros. Com informações de assessoria.