Em entrevista neste sábado (13) ao canal Cara a Tapa, no YouTube, Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o esquema de corrupção conhecido como ‘rachadinha’ – que foi alvo de investigação em gabinetes dos filhos Flávio e Carlos – é “prática meio comum” entre os políticos. “É uma prática meio comum, concordo contigo. É meio comum. Não só no Legislativo, não. Também no Executivo. Até no outro Poder também. Cargo de comissão, você pode colocar quem você bem entender”, disse o presidente.
Bolsonaro disse ainda que “sobra pouca gente” na política que não cometeu rachadinha, mas esquivou-se de falar se participou ou não do esquema de corrupção. “Não vou falar de mim. Sou suspeito para falar de mim. Você não tem servidor meu falando que, denunciando…”, desconversou.
O presidente ainda fez coro com o amigo, Fabrício Queiroz (PTB-RJ), que seria o operador do esquema no gabinete de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e já afirmou que as rachadinhas seriam feitas para que fosse possível contratar mais gente do que o limite de cargos comissionados permitidos por lei.
“Muitas vezes o cara faz isso para poder pagar mais gente. Você pode ver…Quando cheguei em Brasília, você podia botar até 15 assessores, mais ou menos. O tempo foi passando, até eu sair em 2018, eram 25. Qual a intenção? Evitar isso daí”, afirmou.
Michelle e esposa de assassino
Bolsonaro também voltou a negar que tenha almoçado com Guilherme de Pádua, assassino da atriz Daniella Perez, após um culto na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG), no domingo passado, dia 7. O presidente disse que chegou a tirar satisfação com a esposa, Michelle Bolsonaro, que aparece em foto ao lado da mulher do assassino, Juliana Lacerda.
“Não almocei lá e a Michelle ficou. [Quando a foto saiu] eu conversei com ela, porque apareceu uma foto dessas com a tal esposa do Guilherme de Pádua. Então, ela falou: ‘eu tirei umas cem fotografias, então não sei quem tirou comigo’. Ela [Juliana] não falou quem ela era, e no almoço tem uma mesa reservada com os familiares do pastor Valadão”, afirmou. Pelas redes sociais, Bolsonaro já havia se pronunciou sobre o caso, negando que almoçou com Pádua e citando a escritora Glória Perez, mãe de Daniela.
“Em respeito à Glória Perez, não alimentarei essa exploração leviana em cima de sua perda irreparável. As ilações com base em informações falsas divulgadas por parte da mídia só expõem sua falta de escrúpulos e o desprezo pela dor das pessoas, tratando-as como meras ferramentas. Sequer participei do almoço em Belo Horizonte. A mesma imprensa já havia divulgado que eu estava em uma churrascaria de SP na mesma data e hora. Quem propagou a mentira, já sabia da verdade, mas não se preocupou com a dor que poderia causar até à família de Daniella Perez”, escreveu em sequencia de tuites. As informações são da revista Revista Fórum.