O número de registro de candidatos negros superou, pela primeira vez, o de candidatos brancos, segundo classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O IBGE considera o número de negros a soma dos declarados pretos ou pardos. A divulgação parcial foi feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Foram registradas 14.015 candidaturas negras (49,57%) e 13.814 brancas (48,86%) para as eleições gerais deste ano. Entre os negros, são 3.936 pretos (13,92%) e 10.079 pardos (35,65%). Em 2014, quando o TSE adotou classificação por cor e raça, foram 11.579 candidatos negros e 14.377 brancos. Já em 2018, foram 13.543 negros e 15.241 brancos.
Contudo, segundo a coordenadora de Justiça Racial e de Gênero da Oxfam Brasil, Tauá Pires, se for mantido o ritmo do crescimento de negros, demorará 20 anos para alcançar a paridade. Ela ainda cita que as mulheres negras continuam sendo minoria. Entre os negros, são 9.163 homens e 4.890 mulheres. Proporcionalmente, são mais homens pardos (6.919) do que mulheres pardas (3.187). O mesmo acontece entre os homens pretos (2.244) e as mulheres pretas (1.703).
Candidatas indígenas
O número de pedidos de registro de candidatas indígenas também é recorde nas eleições deste ano. No entanto, apenas representa 82 candidaturas, equivalente a 0,87%. Em relação a 2018, há um aumento de 67,3%. Na ocasião, foram 49 pedidos de registro. Em 2014, foram apenas 29. Jornal da Chapada com informações de CNN Brasil.