Para celebrar o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, a Fundação Hemoba promove um evento neste sábado (17), das 7h30 às 12h30, no Hemocentro Coordenador (Avenida Vasco da Gama), em Salvador, para conscientizar sobre a importância do cadastro de medula óssea. Serão realizadas diversas atividades com a participação do Grupo de Amor ao Próximo (GAP), do Colégio Mercês e da Empresa Júnior de Informática da UFBA. Além da apresentação dos músicos Felipe Fontenelle e Rubem Garcia (Urso da Montanha) e da Banda do Corpo de Bombeiros, haverá exposição de cosméticos, distribuição de brindes e um lanche especial.
Durante a programação, os voluntários com a idade entre 18 e 35 anos poderão se cadastrar para doação de medula óssea. O Ministério da Saúde instituiu uma meta de 9.244 mil cadastros de voluntários à doação de medula óssea por ano para a Bahia. Até o momento, em 2022, constam somente 3.730 candidatos cadastrados, menos da metade da meta estabelecida. Em 2021, se cadastraram apenas 6.836 pessoas. O cadastro pode ser feito em todos os postos de coleta da Fundação, na capital e no interior, com a coleta de uma amostra de 5ml de sangue.
Na sexta-feira, dia 16, a Hemoba estará presente na palestra Doação de Medula Óssea: Como e Porque se Tornar um Doador, às 11 horas, com o médico transplantador Alessandro de Moura Almeida, no anfiteatro do Hospital das Clínicas da UFBA (HUPES). Já no dia 21 a Fundação fará o cadastramento de novos doadores no saguão do HUPES, das 8 às 17h, enquanto serão realizadas ações educativas, exposição e oficina de artesanato produzido por pacientes artesãs pós-transplantadas.
A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa as cavidades dos ossos, onde são produzidos os componentes do sangue, como leucócitos (glóbulos brancos), hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas. Pessoas em tratamento de doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico, como leucemias e linfomas, podem precisar do transplante de medula, sendo necessária compatibilidade entre doador e receptor, pois caso contrário haverá uma rejeição.
Cadastro
Para buscar informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de um doador compatível com o paciente, foi criado em 1993 o REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) desde 1998. A análise de compatibilidade é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e do receptor. Com base nas leis da genética, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de 25%, enquanto que, entre indivíduos não aparentados, é, em média, de 1 em 100 mil. Atualmente, no REDOME estão cadastrados 5.522.346 doadores, com uma média de 650 pacientes em busca de doador não aparentado.
Para se tornar um doador de medula óssea é necessário ter entre 18 e 35 anos de idade, estar em bom estado geral de saúde, não possuir doença infecciosa ou incapacitante e não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico. Nas unidades da Hemoba, o voluntário preencherá um formulário com dados pessoais e realizará a coleta de uma amostra de sangue com 5 ml para testes de compatibilidade. Os dados pessoais e os resultados dos testes serão armazenados no REDOME.
Unidades de cadastramento
Na Bahia, são 27 unidades fixas de cadastro da Hemoba, sendo 06 na capital e 21 no interior. Em Salvador, há o Hemocentro Coordenador (Av. Vasco da Gama), que funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 7h30 às 18h, e aos sábados, das 7h às 12h30. Nos shoppings Salvador e Salvador Norte, o atendimento ocorre de segunda-feira a sábado, das 9h às 18h; nos hospitais do Subúrbio e Ana Nery, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30. Já no Hospital Irmã Dulce, a coleta funciona de segunda a sexta-feira, das 7h10 às 11h30 e das 13h às 16h. Para conferir o horário de atendimento no interior do estado, acesse o site: http://hemoba.ba.gov.br/. Com informações de assessoria.