Candidata do PSOL ao Senado pela Bahia, Tâmara Azevedo questionou soluções propostas para a segurança pública que passam pelo aumento da repressão policial e encarceramento em massa da população negra.
Convidada da sabatina da BandNews desta terça-feira (28), ela defendeu o investimento na educação e em políticas que ajudem os mais jovens, que costumam ser recrutados pelo crime organizado e são as maiores vítimas da violência urbana.
“Precisamos dos jovens dentro das salas de aula, precisamos ter mais escolas e que sejam atrativas, não precisamos de mais presídios. Mas, para isso tem que ter sensibilidade, vontade política e compromisso”, declarou Tâmara.
A psolista lamentou que os seus adversários, que têm mandato no Congresso, não tenham buscado até agora alternativas para problema.
Ela reforça que a população precisa tentar outros caminhos, pois se insistir em eleger os mesmos representantes não vão ter um resultado diferente.
“Os que estão aí já estão há muito tempo e não fizeram nada, como Cacá Leão e Otto, que estão liderando as pesquisas, e que votaram a favo da redução da maioridade penal. Não é isso que a nossa juventude merece”, pontuou.
Orçamento secreto
Questionada sobre a dinâmica do orçamento secreto, nome dado às chamadas emendas de relator, Tâmara elevou o tom e disse que a sua manutenção é uma afronta aos brasileiros.
Segundo a candidata, o esquema serve somente para fortalecer a base de apoio do atual presidente da República, principalmente por parte de políticos do ‘Centrão’ como Cacá e Otto.
“Vamos ser bem didáticos: é o seu dinheiro, o meu, de toda a população, usado em um esquema de compra de votos e beneficiamento de quem está ao lado do presidente Bolsonaro”, apontou Tâmara.
“Um corte de 23% no orçamento no tratamento do câncer no Brasil para financiar isso, é uma vergonha. A maior vergonha produzida pela República. Um escândalo!”, condenou. Com informações de assessoria.