A 25 dias do segundo turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a disputa pelo Palácio do Planalto. É o que mostra a primeira rodada da pesquisa Ipec depois do primeiro turno, divulgada nesta quarta-feira (5). O levantamento foi encomendado pela TV Globo.
Segundo a pesquisa, realizada entre os 3 e 5 de outubro, Lula tem 51% das intenções de voto totais. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, aparece com 43%. Eleitores que disseram que votariam em branco somam 4% dos entrevistados, enquanto 2% não souberam ou não responderam.
O resultado representa uma redução de 7 pontos percentuais na distância entre os candidatos em comparação com o levantamento anterior, divulgada em 1º de outubro. Na ocasião, o petista aparecia com 52% das intenções de voto totais, e o atual presidente com 37%.
Os números podem indicar uma tendência de queda de Lula, que chegou a pontuar 54% das intenções de voto totais nas duas semanas antes do primeiro turno, e de crescimento de Bolsonaro, que estava com 35% no mesmo período.
Considerando apenas os votos válidos (ou seja, excluindo indicações de voto em branco ou nulo e eleitores indecisos), Lula tem 55% das intenções de voto e Bolsonaro, 45%, segundo o Ipec. O desempenho do atual presidente é o melhor na fase de campanha, iniciada em 16 de agosto.
Foram entrevistadas 2.000 pessoas, entre os 3 e 5 de outubro, em 129 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-02736/2022.
A pesquisa indica que Lula cresceria 6,57 p.p. do primeiro para o segundo turno, considerando o eleitorado que compareceu às urnas no último domingo (2). O montante equivale a pouco mais de 2/3 dos votos conquistados por Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT), candidatos que declararam apoio ao petista neste segundo turno.
Já Bolsonaro cresceria cerca de 1,8 p.p., utilizando o mesmo comparativo. Vale destacar, contudo, que houve profunda divergência entre os números apresentados pela última pesquisa Ipec antes do primeiro turno, divulgada no sábado (1º), e o efetivo resultado da votação.
Enquanto o instituto capturou Lula com 51% das intenções de voto válidas e Bolsonaro com 37% (distância de 14 p.p.), as urnas mostraram um placar bem mais apertado: 48,43% a 42,20% (distância de 6,23 p.p.).
Representantes do instituto alegam que as diferenças podem ter se dado em razão de uma espécie de “voto estratégico” de eleitores de outros candidatos que decidiram de última hora votar em Bolsonaro, diante dos indicativos de possibilidade de vitória de Lula em primeiro turno.
Outro argumento oferecido foi que, nas próprias pesquisas, mais de 10% dos entrevistados indicavam, na véspera da eleição, que poderiam mudar o voto − o que pode ter ocorrido em benefício de Bolsonaro na reta final da disputa. As informações são do InfoMoney.