O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu os efeitos da eleição na Câmara de Salvador (CMS) neste ano, que reelegeu o presidente da Casa, Geraldo Júnior (MDB), para mais um mandato no comando da Mesa Diretora. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (6).
Segundo juristas ouvidos pelo BNews, a decisão unipessoal tomada pelo relator do caso, Ministro Kassio Nunes Marques, teria sido “absurda e estratégica”, considerando que o processo já está pautado para julgamento no plenário virtual da Suprema Corte, com início nesta sexta-feira (7) e término no dia 17 de outubro.
Em contato com a reportagem, Geraldo disse que “a decisão tomada pelo ministro Kassio é inócua, pois além da posse da nova mesa diretora só ocorrer em 01 de janeiro, essa liminar jamais será referendada pelo Pleno da mais Alta Corte do país”.
Para o edil, o “próprio fato do relator ter dito que a questão é complexa e ter pedido pauta, demonstra que voltar atrás e decidir monocraticamente foi uma maneira de, com o devido respeito, burlar o que o plenário do STF iria decidir entre os dias 7 e 17 de outubro”.
“De nosso lado, continuamos confiantes de que, com a minha eleição a vice-governador da Bahia, se for a vontade de Deus, o Supremo vai decidir pela posse definitiva de Muniz, que foi eleito vice-presidente para o biênio 2023/2024”, declarou.
Geraldo Júnior ainda atacou os adversários apontando, nas palavras dele, a “audácia do União Brasil, esse partido de ACM Neto e Bruno Reis, de interferir nos atos interna corporis do Legislativo soteropolitano”.
“A Câmara vai, oportunamente, emitir uma nota para toda a imprensa, para tranquilizar os cidadãos e cidadãs da cidade do Salvador”, sinalizou.
Geraldo ressaltou ainda que essa “manobra do União Brasil nas vésperas do segundo turno na Bahia, deixa evidente a vinculação de ACM Neto e Bruno Reis com o presidente Jair Bolsonaro. A Bahia vai ter mais certeza do que nunca que ACM Neto é Bolsonaro e Bolsonaro é ACM Neto”, finalizou. As informações são do Bnews.