Para manter o orçamento secreto e, dessa maneira bancar apoios políticos, o governo Bolsonaro (PL), na proposta orçamentária para 2023, prevê um corte de verba bilionário em 12 programas do Ministério da Saúde
Um dos mais atingidos é o programa de prevenção e tratamento do HIV/Aids, uma referência mundial, que perde R$ 407 milhões.
No total, quando se soma a perda de recursos dos 12 programas da Saúde, o valor cortado chega a R$ 3,3 bilhões, revela o Boletim de Monitoramento do Orçamento da Saúde, preparado pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) e da associação filantrópica Umane.
O boletim afirma que se cortes na Saúde não forem revertidos, “poderão gerar agravos a ações fundamentais do Sistema Únicos de Saúde”.
Abaixo confira a lista dos 12 programa do Ministério da Saúde que sofreram cortes orçamentários:
Implementação de Políticas de Promoção à Saúde e Atenção a Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) – R$ 3,8 milhões
Programa Médicos pelo Brasil – R$ 366 milhões
Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Saúde – R$ 297 milhões
Alimentação e Nutrição para a Saúde – R$ 43 milhões
Educação e Formação em Saúde – R$ 76 milhões
Pró-Residência Médica e em Área Multiprofissional – R$ 922 milhões
Sistemas de Tecnologia de Informação e Comunicação para a Saúde (e-Saúde) – R$ 206 milhões
Implantação e Funcionamento da Saúde Digital e Telessaúde no SUS – R$ 26 milhões
Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde Indígena e Estruturação de Unidades de Saúde e Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) para Atendimento à População Indígena – R$ 910 milhões
Atenção à Saúde de Populações Ribeirinhas e de Áreas Remotas da Região Amazônica – R$ 10 milhões
Atendimento à População para Prevenção, Controle e Tratamento de HIV/AIDS, outras Infecções Sexualmente Transmissíveis e Hepatites Virais Total – R$ 407 milhões
Implementação de Políticas para a Rede Cegonha e Implementação de Políticas para Rede de Atenção Materno Infantil – R$ 28 milhões. Com informações do Estado de S. Paulo.