O Brasil brilhou na 14ª Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA), realizada no Panamá, entre os dias 02 a 08 de outubro de 2022. O resultado acaba de ser anunciado, e a nossa delegação de estudantes repetiu o resultado do ano passado, conquistando novamente, a marca de cinco medalhas de ouro na competição. A competição contou com provas nas modalidades: individual, teórica de grupo multinacional, prova observacional e uma prova simulada de foguetes multinacional.
A equipe brasileira na OLAA foi composta por Gabriel Consentino Botrel Chalfun, de 18 anos, do Instituto Presbiteriano Gammon (Lavras/MG); Murilo Martins Trevisan, de 17 anos, da Etapa Educacional Eireli (Valinhos/SP); Davi de Lima Coutinho dos Santos, de 16 anos, do Colégio Anglo (Itatiba/SP); Mariana Naves Tana, de 17 anos, do Instituto Federal de Educação do Sul de Minas (Machado/MG); e Hugo Fares Menhem, de 16 anos, do Colégio Dante Alighieri (São Paulo/SP). Os estudantes são liderados pelo Prof. Dr. Júlio Klafke, do Colégio Objetivo/SP, e co-liderada pelo Prof. Dr. Eugênio Reis, do Observatório Nacional/MCTI.
Tudo começou em 2021, com a realização, de forma virtual, da 24ª edição da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), que reuniu 481.525 mil estudantes de 9.085 escolas de todos os 26 estados do Brasil e do Distrito Federal. Os estudantes selecionados passaram por uma gama de provas e treinamentos remotos por meio da Plataforma AstroEducadores, do Observatório Nacional/MCTI. E a responsabilidade é grande, pois o Brasil já conquistou dezenas de medalhas em olimpíadas no exterior ligadas à astronomia e ciências afins.
Para o professor Eugênio Reis, vice-coordenador nacional da OBA e um dos responsáveis pela preparação da Seleção Brasileira de Astronomia, as provas presenciais, agregam muito na trajetória dos estudantes, pois possibilitavam a integração intensa e enriquecedora entre diversas culturas.
“A preparação e treinamento dos estudantes tem evoluído muito nestes últimos anos, principalmente pela participação efetiva de ex-olímpicos. Também contamos com astrônomos profissionais que dão aulas, presenciais e virtuais, para os estudantes em treinamento. O resultado disso é a conquista de um número maior de medalhas pelas equipes brasileiras” comenta o Prof. Eugênio.
Seleção
Os candidatos brasileiros são inicialmente convocados através das pontuações obtidas na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) do ano anterior. Os cinco estudantes foram selecionados depois de passarem por provas e testes nos treinamentos online nos meses que antecederam a competição.
Olimpíada nacional
A OBA é destinada a alunos dos ensinos fundamental e médio. Em 2022, participaram da sua 25ª edição 1.181.517 estudantes dos ensinos fundamental e médio de 12.369 escolas públicas e particulares de todos os estados do país. A olimpíada ainda contou com o auxílio de 59.649 colaboradores. Foram distribuídas cerca de 56.000 medalhas entre os participantes dos quatros níveis da OBA.
Organização
Fundada na cidade de Montevidéu, Uruguai, a OLAA acontece desde 2009 e é coordenada por astrônomos de vários países. Já a OBA é coordenada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB) e conta com apoio do CNPq. Com informações de assessoria.