Em depoimento à Polícia Federal, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) disse, durante audiência de custódia na segunda-feira (24), que deu “aproximadamente 50 tiros 5.56mm, fuzil, de marca Smith Wesson no carro” dos policiais e “jogou três granadas”, mas que “não atirou para matar”.
Segundo ele, as granadas foram jogadas, “sendo uma na frente da viatura da PF, uma atrás do carro quando os policiais saíram e uma dentro de casa para assustar o PF que estava dentro da residência”.
“Se quisesse, matava os policiais, pois estava em posição superior e com fuzil na mira”, diz trecho do depoimento ao justificar que não atirou para matá-los. Roberto passou uma noite no presídio. A prisão em flagrante foi mantida pela Justiça e a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro confirmou a manutenção da prisão.
O procedimento foi conduzido pelo juiz auxiliar do gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, desembargador Airton Vieira.
Ainda no depoimento, Roberto Jefferson disse que todas as armas dele são registradas no Exército e que, atualmente, tem de 20 a 25 armas, mas que já teve mais de 100 quando morava em Petrópolis-RJ. O ex-deputado disse também que “já foi humilhado três vezes anteriores com ações da Polícia Federal em cumprimento de decisão do Min. Alexandre de Moraes e Edson Fachin” e que “não tem crime e não tem rabo preso”.
O ex-deputado foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por quatro tentativas de homicídio. Durante o cumprimento do mandado de prisão no domingo (23), dois agentes foram feridos com estilhaços e outros dois, que estavam em uma viatura que foi alvo de disparos, não chegaram a ser atingidos.
Jefferson se entregou apenas no início da noite de domingo após oito horas de descumprimento da ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda no sábado. Jornal da Capada com informações de Correio Braziliense.