O ex-presidente Michel Temer (MDB) rebateu neste sábado (29) a afirmação do candidato à Presidência da República pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, de que era um golpista e disse que a saída de Dilma Rousseff (PT) do cargo foi um “golpe de sorte”.
Lula afirmou durante o debate realizado na última sexta-feira (28) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu o governo de um golpista, referindo-se a Temer e ao processo de impeachment que removeu Dilma do palácio do Planalto, em 2016.
Temer afirmou lamentar a “deselegância” do petista e ressaltou que o governo petista foi derrubado pelo povo e pelo Congresso Nacional. “Na verdade, o que aconteceu no Brasil foi um ‘golpe de sorte’, pois recuperamos o país da maior recessão da sua história”, disse o ex-presidente em publicação no Twitter.
“Lula deverá perder preciosos votos daqueles que constataram a sua deselegância e inoportunidade política”, concluiu.
Temer também ligou para Baleia Rossi, presidente nacional do MDB, questionando se o apoio de Simone Tebet (MDB) ao petista seguiria mesmo com a declaração feita no debate. Apesar do incômodo, a cúpula do MDB minimizou a fala de Lula.
A avaliação da sigla é que a menção acabou passando em segundo plano, porque Bolsonaro não questionou, por exemplo, porque então o ex-sindicalista tem se valido do apoio da senadora Simone Tebet (MDB), que votou a favor do impeachment.
Temer decidiu adotar neutralidade na disputa entre Lula e Bolsonaro após circularem notícias de que ele poderia apoiar a reeleição do candidato do PL.
Em nota, o ex-presidente disse que aplaudirá a “candidatura que defender a democracia, cumprir rigorosamente a Constituição, promover a pacificação, mantiver as reformas já realizadas no meu governo e propuser ao Congresso Nacional as reformas que já estão na agenda do país”.
Luciana Temer, filha de Michel Temer, publicou vídeo pedindo voto em Lula neste sábado (29), mesmo após o ataque ao seu pai, dizendo que não se trata de uma defesa do petista, mas sim de um modelo de sociedade. Redação de Fábio Zanini da Folhapress.