Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do Partido dos Trabalhadores, foi eleito presidente da República no último domingo (30) com o maior número de votos da história do país. Com a apuração de 100% das urnas, o petista recebeu mais de 60,3 milhões de votos e governará o país pela terceira vez.
O presidente Lula foi eleito com 50,9% dos votos válidos no segundo turno das eleições, contra 49,1% (58,2 milhões de votos) de Jair Bolsonaro.
Antes do pleito deste ano, a maior votação de um candidato à Presidência havia sido do próprio Lula, em 2006. No segundo turno das eleições daquele ano, ele recebeu 58,3 milhões de votos, vencendo o então tucano Geraldo Alckmin, hoje vice do petista pelo PSB.
Em 2002 e 2006, outras duas vezes em que foi eleito, Lula recebeu 52 milhões e 58 milhões de votos no segundo turno, respectivamente. Em 2010 e 2014, Dilma Rousseff (PT) foi eleita com 55 milhões e 54 milhões de votos no segundo turno, respectivamente.
No primeiro turno das eleições deste ano, em 2 de outubro, Lula teve 57 milhões de votos, contra 51 milhões de Bolsonaro. Os números já haviam sido um recorde, já que nenhum presidenciável havia atingido a casa dos 50 milhões de votos ainda no primeiro turno.
O número eleitores aptos a votar aumentaram proporcionalmente à população do Brasil desde a primeira eleição pós-redemocratização. Por isso, a quantidade de votos do presidente eleito tem a tendência de aumentar.
Confira o histórico de votações em segundo turno*:
1989
Fernando Collor de Mello – 35.089.998 – 53,03%
Lula – 31.076.364 – 46,97%
2002
Lula – 52.793.364 – 61,27%
José Serra – 33.370.739 – 38,73%
2006
Lula – 58.295.042 – 60,83%
Alckmin – 37.543.178 – 39,17%
2010
Dilma Rousseff – 55.752.529 – 56,05%
Serra – 43.711.388 – 43,95%
2014
Dilma – 54.501.108 – 51,64%
Aécio Neves – 51.041.155 – 48,36%
2018
Jair Bolsonaro – 57.797.847 – 55,13%
Fernando Haddad – 47.040.906 – 44,87%
2022
Lula – 60.343.247 – 50,9%
Bolsonaro – 58.205.269 – 49,1%
*Em 1994 e 1998, Fernando Henrique Cardoso venceu no primeiro turno com 34 milhões e 35 milhões de votos, respectivamente. Com informações do Correio Braziliense.