A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou, neste domingo (8), com uma petição junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). O documento requer uma série de medidas judiciais em resposta aos atos criminosos ocorridos na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Uma delas é a prisão em flagrante do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, o bolsonarista Anderson Torres, exonerado na tarde de domingo, e de outros agentes públicos responsáveis por atos e omissões.
Além disso, a AGU solicitou a imediata desocupação de todos os prédios públicos federais em todo o país, além da dissolução dos atos antidemocráticos realizados nas imediações de quartéis e outras unidades militares. O pedido dirigido ao Supremo requer que, para tais medidas, sejam utilizadas todas as Forças de Segurança Pública do Distrito Federal e dos estados.
A AGU também pediu ao STF que determine às plataformas de mídias e de redes sociais a interrupção da monetização de perfis e transmissão das mídias sociais que possam promover, de algum modo, atos de invasão e depredação de prédios públicos.
Solicitou, ainda, que as empresas de telecomunicações, em especial as provedoras de serviço móvel pessoal, que guardem por 90 dias registros de conexão suficientes para definição ou identificação de geolocalização dos usuários que se encontram nas imediações da Praça dos Três Poderes e no Quartel General do Exército no DF.
AGU quer responsabilização civil e criminal dos responsáveis
A AGU quer que seja determinada às autoridades competentes a apuração e responsabilização civil e criminal dos responsáveis pelos atos ilícitos, incluindo agentes públicos, além da realização de perícia e outros atos necessários à coleta de provas.
Para isso, requereu ao Supremo que solicite às autoridades a apreensão de todos os veículos e demais bens utilizados para transporte e organização dos atos criminosos. A AGU solicitou ao STF ainda que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) mantenha registro de todos esses veículos que ingressaram no DF entre os dias 5 e 8 de janeiro deste mês. Redação da Revista Fórum.