Nesta terça-feira, dia 14, o Casarão da Diversidade vai funcionar como uma espécie de extensão da Senzala do Barro Preto, tradicional sede e palco dos ensaios do Mais Belo dos Belos, o bloco Ilê Aiyê.
É que a Deusa do Ébano do Carnaval 2017, Gisele Soares, vai ministrar no período da tarde a Oficina de Dança Afro Brasileira, emprestando toda a sua experiência para a formação de novos talentos entre a população LGBTQIAPN+, afinal, quem foi rainha jamais perde a majestade.
“A dança afro é um traço forte de nossa cultura, algo que distingue a Bahia do Brasil e do Mundo. Estender este conhecimento a população LGBTQIAPN+ é mais uma forma de inclusão. Além disso, fazer da arte um instrumento de trabalho e renda é abrir portas para a descoberta e valorização de novos artistas”, pontua Renildo Barbosa, coordenador geral do CPDD, núcleo da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, administrado pela Instituição Beneficente Conceição Macêdo.
A coincidência positiva é que em 2017, quando Gisele realizou o sonho de ser Rainha do Ilê Aiyê, o bloco afro mais famoso do Brasil defendeu o tema Diversidade como contraponto as profanações de terreiros que desde então vem aumentando em todo o Brasil.
“A intolerância contra as religiões de matriz africana é tão aviltante e criminosa quando a violência contra a população LGBTQIAPN+. A luta é todos.”, sentencia Rafaela Freitas, responsável pelo núcleo de pegagogia do CPDD.