Integrantes da comunidade da Ilha de Boipeba, no sul da Bahia, estão participando de uma iniciativa que tem o objetivo de protestar contra um megaempreendimento que pode acontecer no local. O empreendimento teria o investimento de José Roberto Marinho e Armínio Fraga. Utilizando a internet, o abaixo-assinado já conta com quase 2.400 nomes. As obras aconteceriam numa área de Proteção Ambiental.
Segundo informações divulgadas no material de protesto, a empresa Mangaba Cultivo de Coco avança com um loteamento de luxo em uma área preservada de Mata Atlântica. O projeto imobiliário conta com 69 lotes, 25 casas assistidas, duas pousadas de 25 quartos, aeroporto, uma grande estrutura náutica e um campo de golfe.
A autorização do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) para as obras aconteceu na última terça-feira (7). Ainda de acordo com o manifesto, o empreendimento na Ponta dos Castelhanos, pode ocupar uma área equivalente a 1.700 campos de futebol, correspondendo a aproximadamente 20% do território da ilha.
“Os danos causados seriam irreparáveis para o ecossistema do local, indo na contramão do turismo ecológico e sustentável. Além dos desastrosos impactos ambientais, a comunidade da Ilha de Boipeba irá sofrer por não conseguir desenvolver o seu sistema de subsistência tradicional. A pesca artesanal ficará fragilizada e inviabilizada, assim como a pequena agricultura e o extrativismo sustentável. Essas atividades, são indispensáveis para manutenção da identidade coletiva e do modo de vida dos moradores locais”, disse a nota.
A Mangaba Cultivo de Coco afirmou que as declarações, que vão de encontro ao megaempreendimento, “não são compatíveis com a verdade”. O grupo disse também que os protestos a respeito das obras “deixam claro o desconhecimento de seus autores e disseminadores”. As informações são do jornal A Tarde.
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