O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em entrevista que pretende voltar ao Brasil no próximo dia 30 de março, mas que, como das outras vezes, a data ainda não é definitiva. Além disso, ele avisou que vai devolver as armas recebidas por ele como presente de autoridades dos Emirados Árabes Unidos em 2019 “com dor no coração”.
Ele disse que pagaria, se possível, para ficar com os equipamentos, mas os devolverá conforme decisão do TCU (Tribunal de Contas da União). A entrevista de Bolsonaro foi exibida nesta quinta-feira (23), na TV Record.
O ex-presidente ainda confirmou as ilações feitas em suas redes sociais sobre a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) contra suspeitos de planejar ataques contra autoridades, como o senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
PCC
Bolsonaro associou o plano da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) com agenda do então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, em 2022, e a visita do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), ao complexo da Maré, também na capital fluminense, neste mês.
O ex-presidente manifestou na última quarta-feira (22), solidariedade a Moro e ao promotor Lincoln Gakiya —que também seria alvo dos criminosos— e, sem indícios nem provas, buscou ligar a investigação da PF a outros dois crimes: a facada que sofreu em Juiz de Fora (MG), em 2018, e o assassinato do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel, em 2002. As informações são da Revista Fórum.