Começou nesta segunda (27) e segue até a quinta (30), a Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Quem já fez check-in no Centro Internacional de Convenções da capital federal (CICB), local do evento, foi o prefeito de Utinga, na Chapada Diamantina, Joyuson Vieira (PSB).
Esta é a maior edição da história da marcha, que já começou a receber os mais de 10 mil participantes. Além dos municipalistas inscritos, prefeitos, secretários municipais, vereadores, senadores, governadores, parlamentares estaduais e federais e ministros devem passar pelo evento. Lá serão apresentadas as demandas dos municípios e discutidas as construções de políticas públicas para enfrentá-las.
Joyuson Vieira é um dos gestores que representam a Chapada Diamantina e destaca, que este ano, o evento promovido pela Confederação dos Municípios (CNM) é uma oportunidade única para o fortalecimento do movimento municipalista. Vieira é defensor ferrenho de algumas bandeiras que contemplam efetivamente as finanças municipais.
O gestor chapadeiro enfatiza que duas das demandas importantes delas que são a distribuição equânime dos royalties do petróleo e a maior preocupação dos prefeitos atualmente, que é a luta pela correção do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Se as riquezas do subsolo são da União, nada mais justo que a repartição equânime dos royalties”, declara o gestor utinguense ao Jornal da Chapada, direto de Brasília. Ele lembra que o municipalismo brasileiro luta há décadas pela justa distribuição do royalties. Há 10 anos, a luta se intensificou e a lei foi sancionada, mas parece que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) mantém a situação sub-judice.
“Enquanto isso, brasileiros que deveriam ser iguais, sofrem com a desigualdade social oriunda, também, da desigualdade na distribuição das riquezas nacionais”, enfatiza Joyuson Vieira.
A luta municipalista, agora, também é pela correção do censo do IBGE que deixou milhões e milhões de brasileiros à margem das estatísticas. Para se ter uma ideia, municípios como Utinga, que comprovam documentalmente as falhas do Censo 2022/23, aguardam a recontagem que precisa vir para corrigir falhas e fazer justiça social.
O prefeito de Utinga também reforça a defesa do fortalecimento dos municípios brasileiros. Segundo Joyuson, “o ente federado é onde vivemos e onde demandamos todos os serviços indispensáveis a uma vida digna”. A expectativa da CNM, é que a Macha 2023 absorva mais de 10 mil inscritos, o que demostra a consolidação da força do municipalismo brasileiro e consolida a Confederação, cada vez mais como principal mão amiga dos municípios.
Jornal da Chapada