Ao comprar um ovo de Páscoa no mercado de, por exemplo, R$ 40, o consumidor paga R$ 24,58 efetivamente pelo produto e mais R$ 15,42 em impostos, pois a carga tributária do chocolate é de, em média, 38,53% do preço final. O levantamento é da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com base nos dados do Impostômetro.
O produto mais tributado nesta época do ano é o vinho importado (59,73%). Por uma garrafa de vinho de, por exemplo, R$ 100, o brasileiro desembolsa R$ 40,27 pelo produto, e mais R$59,73 em tributos. Já o vinho nacional tem uma carga menor, que alcança, em média, 44,73%.
Segundo o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, a diferença de tributos entre os vinhos nacionais e importados não necessariamente estimula o consumo de vinhos nacionais, pois a decisão dependerá dos preços finais de cada tipo de vinho.
Confira a tabela completa abaixo:
Os ovos de Páscoa caseiros podem ser uma alternativa para os consumidores e uma oportunidade de renda extra para os microempreendedores. No entanto, fugir dos industrializados não é um sinônimo para a fuga dos altos impostos. Para a produção de um ovo simples, que utiliza na sua elaboração chocolate, papel celofane e fitas para a embalagem do produto, são pagos, respectivamente, 39,65%, 34,5% e 34% em impostos.
“Os consumidores que procuram por ovos caseiros, pensam em algo diferente do que encontram nas prateleiras dos mercados. Isto reflete numa tendência de ‘gourmetização’ dos ovos que, aliada à alta tributação dos insumos, aumentam o preço final do produto”, afirma o economista.
Quem decidir viajar no feriado de Páscoa deve pagar, em média, 22,32% de imposto sobre o preço das passagens áreas, por exemplo. Já o transporte coletivo tem, em média, 22,32% de carga tributária. Já o consumidor que decidir cozinhar um bacalhau pagará cerca 43,78% somente em impostos. E o que pretende almoçar em restaurantes vai arcar, em média, 32,31% de tributos. As informações são de assessoria.