Autointitulado “jornalista-raiz”, o bolsonarista Jorge Serrão não faz mais parte do quadro de comentaristas da Jovem Pan News. Seu desligamento da emissora foi oficializado na última segunda-feira (24), mesmo dia em que postou nas redes sociais uma fake news grotesca envolvendo a bandeira do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em seu Twitter.
Agora ex-comentarista do programa “3 em 1”, Serrão, ao repercutir um dos novos vídeos que vieram à tona da invasão ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro, questionou o que um dos golpistas estaria fazendo com “uma bandeira do MST” nas mãos, em uma tentativa de associar o levante antidemocrático ao movimento social e, consequentemente, à esquerda e ao governo Lula.
“Pergunta para a CPMI fazer: O que esse ‘patriota’ estaria fazendo com a bandeira do MST na mão, dentro do Palácio do Planalto, durante a invasão com depredação do 8 de janeiro???”, escreveu o “jornalista-raiz” em seu Twitter. Acontece que a bandeira que o golpista aparece segurando nas imagens não é do MST, mas do estado do Rio Grande do Sul. As flâmulas, inclusive, sequer possuem semelhança entre si.
👀 Alguém disse MSTCHÊ?! pic.twitter.com/Y5XLeGvj38
— MST Oficial (@MST_Oficial) April 24, 2023
Segundo o site F5, da Folha de S. Paulo, e o Notícias da TV, Serrão teria sido demitido da Jovem Pan justamente por divulgar fake news. Ele estava de férias desde março e, ao retornar, teria sido impedido de retomar seu posto como comentarista. O suposto jornalista, entretanto, nega a demissão e afirma que sua saída já estava “definida”, sem esclarecer, contudo, se ele foi a emissora que impôs seu desligamento ou se ele mesmo pediu para sair.
MST reage com ironia
Em meio à repercussão da fake news de Jorge Serrão, o próprio MST, citado na postagem do “jornalista”, reagiu com ironia. “Alguém disse MSTCHÊ?!”, diz uma postagem feita no perfil do movimento social junto a uma cuia de chimarrão, bebida típica dos gaúchos. As informações são da Revista Fórum.