Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, teve um desvario fascista após o empate do seu time com o Atlético-MG, por 1 a 1, neste domingo, no Mineirão. Ele tomou o celular da mão do repórter Pedro Spinelli, da TV Globo, quando fazia um registro na parte interna do estádio, e tentou apagar um vídeo em que ele tentou presentear o membro da equipe de arbitragem com uma camisa do Palmeiras. O árbitro recusou a oferta.
A cena ocorreu enquanto o diretor executivo Anderson Barros, do Palmeiras, questionava o quarto árbitro Ronei Cândido sobre o gol de Rony anulado. Ronei ainda tentou fazer com que o técnico conduzisse Anderson Barros para o vestiário para encerrar as queixas à equipe de arbitragem. Sem gostar da postura, o dirigente foi em direção ao quarto árbitro para tentar prosseguir com o debate, que ocorria de forma educada.
Ao ver jornalistas registrando as cenas, Abel Ferreira tomou o celular das mãos do repórter Pedro Spinelli, da TV Globo, e tentou apagar o registro.
Críticas ao futebol brasileiro
Logo em seguida, Abel Ferreira ficou ainda mais irritado ao perceber que a reportagem da Itatiaia havia flagrado o seu gesto desrespeitoso. O treinador do Palmeiras, então, acusou o jornalista de ser o culpado de “o futebol brasileiro estar assim”.
Desculpas
Na coletiva após o jogo, Abel Ferreira pediu desculpas por ter excedido e tratou o episódio como “coisas que se passam”:
“Fazer um esclarecimento, uma vez que todo mundo aqui gosta de transformar um copo d’água em uma tempestade. Passou-se aqui uma discussão, uma confusão ali no túnel, entre nosso diretor esportivo e um dos assistentes da arbitragem. E tinha ali, não sei se repórteres, a filmarem tudo. Eu peço desculpas se me excedi. São coisas do futebol, isso é muito nosso, mas infelizmente hoje todos têm câmeras. Peço desculpas se me excedi. Há coisas que a imprensa não tem que saber. Mas antes que vire uma tempestade, são coisas que se passam, então essa introdução, esclarecimento”. As informações são da Revista Fórum.