Stephane Dujarric, porta-voz oficial do secretário-geral das Nações Unidas, expressou veementemente sua condenação à detenção de 132 corpos de mártires palestinos por Israel, incluindo 12 crianças e uma mulher, dos quais 12 perderam a vida durante o cativeiro. As Nações Unidas exigem a devolução imediata dos restos mortais às famílias, sem quaisquer pré-condições, independentemente do responsável pela detenção.
Heba Ayyad, jornalista palestina naturalizada brasileira, residente em Brasília, questionou a gravidade da situação, indagando se tal ato configura um crime de guerra. Além disso, Ayyad perguntou o que as Nações Unidas poderiam fazer além de pedir ao governo israelense que cumpra a lei internacional. Dujarric respondeu que essa é uma questão amplamente discutida e que é imperativo que os restos mortais sejam devolvidos às famílias, independentemente do detentor dos corpos.
Críticas a Israel e o Anti-semitismo: Secretário-Geral evita declaração direta
Ayyad, em sua segunda pergunta, abordou a relação entre críticas a Israel e práticas israelenses com o antissemitismo. O porta-voz Dujarric deu uma resposta ambígua, afirmando que tudo depende da natureza do comentário, e que Israel é um membro pleno da organização, com os mesmos direitos e responsabilidades.
Um jornalista pró-sionista aproveitou o momento para enfatizar que a crítica à política israelense não é em si anti-semita, mas sim a demonização, discriminação, duplo padrão e deslegitimação de Israel. O secretário-geral, no entanto, evitou uma análise aprofundada das declarações, afirmando que Israel é membro pleno das Nações Unidas e que sua posição sobre o antissemitismo foi claramente expressa.
Despejos forçados em Jerusalém: Coordenadora Humanitária alerta sobre violações ao direito internacional
Lynn Hastings, Coordenadora Humanitária para o território palestino ocupado, ressaltou o perigo iminente de despejos forçados na Cidade Velha de Jerusalém. Durante sua visita, Hastings encontrou-se com dois idosos que em breve serão despejados de suas casas, onde residem desde 1954. Ela pediu o fim dessa prática, destacando que vai contra o direito internacional.
Segundo informações do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários no território palestino ocupado, há atualmente pelo menos 1.025 palestinos, incluindo 424 crianças, correndo risco de despejo forçado em Jerusalém Oriental, devido a processos nos tribunais israelenses. As informações são do site Notícias da Bahia.