Na noite da última sexta-feira (23), a principal avenida da orla de Maceió foi palco de um incidente envolvendo quatro cavalos pertencentes à Polícia Militar de Alagoas. Os animais foram filmados correndo soltos após serem assustados pelo barulho dos fogos de artifício tradicionais da véspera de São João.
Testemunhas relataram que o ruído dos rojões foi o responsável pelo susto dos cavalos. As imagens capturadas mostram os quatro animais percorrendo a avenida Doutor Antônio Gouveia, localizada à beira-mar no bairro da Pajuçara, enquanto os motoristas desviam habilidosamente para evitar acidentes.
O que aconteceu?
Os cavalos estavam acompanhados pelos militares que estavam atuando na segurança dos shows das festas juninas no bairro do Jaraguá, situado nas proximidades da Pajuçara.
Ver essa cena dos cavalos da PM fugindo, assustados pelos rojões de São João, parte meu coração. Dói ver os danos que os fogos com estampidos podem causar. Numa sociedade que busca inclusão e respeito, não podemos tolerar tal prática. Estou empenhada em abolir esse artifício! pic.twitter.com/qwggfhaQ11
— Teca Nelma (@TecaNelma) June 24, 2023
As cenas dos animais assustados rapidamente se espalharam pelas redes sociais, gerando questionamentos dos internautas sobre a necessidade de usar cavalos em uma data tradicional de fogos de artifício. Além disso, houve críticas em relação ao fato de a capital alagoana ainda não possuir uma lei, presente em outras cidades, que proíba o uso de estampidos.
A vereadora Teca Nelma (PSD), autora de um projeto de lei que busca proibir o barulho dos fogos de artifício, manifestou sua posição nas redes sociais, criticando o uso de fogos barulhentos nas festas de São João.
O professor Pierre Barnabé, coordenador do Grupo de Pesquisa e Extensão em Equídeos da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), ressaltou que os cavalos possuem uma audição extremamente sensível e que seria prudente evitar o uso desses animais em locais com grande aglomeração e alto nível de ruído, como é comum nas festividades juninas. Segundo ele, “o problema não são os cavalos, mas sim os rojões. É necessário rever isso como sociedade”. Com informações do UOL.