O Governo do Estado passou a incluir doações em dinheiro para a campanha Bahia sem Fome. A coleta acontece por uma conta bancária e uma chave pix, anunciadas desde o último dia 13, nas redes sociais. Lançado há seis meses, o Bahia sem Fome ainda não foi formalizado em projeto de lei e funciona, como apontam alguns deputados, como uma espécie de “gincana”.
O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), critica o modo como a campanha vem sendo conduzida, sem que tenha sido incorporada ao programa de governo, e diz que é preciso haver transparência.
“Temos que saber quais secretarias são responsáveis por esse suposto programa, como será a distribuição e quais critérios são utilizados para a distribuição. É preciso haver transparência, porque do jeito que está contínua parecendo uma gincana”, afirma.
Sanches diz ainda que o combate à fome é uma questão urgente de dignidade e não pode ser enfrentada apenas pelo viés da solidariedade. “Parece até que o governo está se eximindo da responsabilidade que tem. Já são 17 anos consecutivos de governos do PT na Bahia, não dá para dizer que eles não têm responsabilidade nisso”, ressalta.
Uma pesquisa recente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) apontou que mais da metade da população baiana vive em situação de pobreza, com renda mensal de até R$ 665,02. As informações são de assessoria.