O feriado da Independência do Brasil (7 de Setembro) está chegando e a data é uma ótima oportunidade para aproveitar as belezas naturais da Chapada Diamantina. Com suas cachoeiras inigualáveis e poços de águas cristalinas, a região oferece um show a parte para os turistas mais aventureiros. Já para aqueles que preferem comemorar com festas populares, os pequenos municípios do entorno oferecem desfiles tradicionais de Fanfarra e outros festejos.
Dividida em três circuitos, a Chapada é a região turística mais extensa da Bahia. O Circuito do Diamante é o mais conhecido e visitado. Ele abrange municípios como Andaraí, Ibicoara, Iraquara, Itaetê, Lençóis, Mucugê, Nova Redenção, Palmeiras. O Circuito do Ouro é composto por municípios como Abaíra, Livramento de Nossa Senhora, Piatã, Rio de Contas. E, por fim, o Circuito da Chapada Norte, que engloba os municípios de Bonito, Campo Formoso, Jacobina, Miguel Calmon, Morro do Chapéu, Wagner
O Jornal da Chapada reuniu alguns dos melhores locais para quem deseja conhecer o paraíso da Bahia. Destacamos as melhores cachoeiras, morros e as mais belas paisagens que vão fazer os visitantes se apaixonarem pela região.
Mucugê
Um dos municípios mais conhecidos da Chapada Diamantina, Mucugê é tombado como patrimônio nacional pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (Iphan), construído às margens da Serra do Sincorá. Seu principal destaque é o Parque Municipal de Mucugê, onde está localizado o Parque Sempre-Viva, projeto bem sucedido de educação e preservação ambiental, além do Museu Vivo do Garimpo.
A cachoeira da Moça Loira também é um excelente local para quem deseja sentir a natureza mais de perto. Com suas águas cristalinas e paisagem natural no entorno, a cachoeira não costuma ter muita profundidade, sendo ideal para aqueles que não curtem se aventurar em águas profundas.
Igatu
Em Igatu, distrito que pertence ao município de Andaraí e fica localizada entre a sede e Mucugê. O vilarejo também é tombado como patrimônio nacional pelo Iphan e possui diversos atrativos especiais, como a Galeria Arte e Memória, um museu a céu aberto – que guarda utensílios do garimpo e dos escravos – e as seis cachoeiras ao seu redor, ideais para a prática do trekking e de escalada.
A Rampa do Caim, rota dos antigos garimpeiros da localidade, é um ponto perfeito para quem deseja ter uma das vistas mais deslumbrantes do Vale do Pati e do Rio Paraguaçu. A trilha leva em torno de duas horas e é uma ótima opção para turistas aventureiros.
Vale do Capão
Localizado no município de Palmeiras e coberto por vegetação típica da Mata Atlântica, o Vale do Capão possui paisagens e belezas naturais encantadoras. As trilhas são basicamente compostas por cachoeiras, dentre outras preciosidades naturais. É onde fica a trilha mais utilizada para a Cachoeira da Fumaça, a mais alta do Brasil, uma área tomada por Mata Atlântica, montanhas de até 1,5 mil metros, além de fauna e flora diversificadas. Não é por falta de atrativos que o Vale se destaca, lá se tem trilhas para os Gerais, a correnteza do Rio Preto e o imponente Morrão.
As feiras livres do Capão, que são realizadas em todos os domingos, são ótimas opções de lazer para os visitantes que esperam conhecer um pouco mais da cultura e da culinária chapadeira. As verduras e hortaliças orgânicas da agricultura familiar são famosas em todo o estado, e o pastel de palmito é uma das iguarias mais vendidas da região.
Vale do Pati
O Pati, um dos pontos ‘queridinhos’ dos turistas, fica no meio do Parque Nacional da Chapada (Parna), entre os municípios de Andaraí e Mucugê, e possui três vias principais de acesso para começo e término da travessia: Vale do Capão, Guiné e Andaraí. Este trekking se caracteriza por caminhadas em extensas áreas planas, com alguns momentos de subidas e descidas íngremes e passagens por leitos de rios. A cada instante o trilheiro se depara com morros deslumbrantes e enormes, rios magníficos, cachoeiras exuberantes que fazem compreender e admirar a magnitude da natureza local.
Morro do Chapéu
O município de Morro do Chapéu, do Circuito Chapada Norte, possui mais de 10 sítios que reúnem pinturas em grutas e pedras, com uma infinidade de cachoeiras, paredões, desfiladeiros e a maior concentração de orquídeas da Bahia. A cidade, localizada a mais de mil metros de altitude, é também o paraíso dos fãs de esportes radicais, rota certa para a prática de rapel, mountain biking, trekking e cavernismo.
Ganha destaque a Cachoeira do Ferro Doido, situada a 15 km da sede, chega a alcançar no ponto mais alto, de 98 metros, formado pelo rio de mesmo nome. A Gruta dos Brejões, conhecida por ter a segunda maior boca de caverna do país. O sítio palenteológico possui 110 metros de altura e é o ponto preferido dos romeiros por ser um local de constante referência religiosa.
Rio de Contas
Rio de Contas é a cidade mais antiga da Chapada. Localizada no Circuito do Ouro, ela possui um dos três conjuntos arquitetônicos coloniais mais importantes e belos da Bahia, e abriga quase 300 construções históricas tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Com diversos atrativos naturais em seu entorno, o município é detentor dos picos mais altos do Nordeste: o do Barbado (o mais alto, com 2.033 metros, que fica entre Rio de Contas, Abaíra e Piatã), do Itobira (com 1.970 metros) e das Almas (com 1.958 metros). Os dois últimos em Rio de Contas.
Ibicoara
Ibicoara fica no sudoeste da Chapada e a 1.700 metros de altitude. A cidade, cujo nome significa ‘buraco na terra’, vem ganhando espaço no turismo local. Seu principal atrativo, a Cachoeira do Buracão, fica localizada no Parque Municipal do Espalhado, uma unidade de conservação com uma área de 611 hectares, a 30 quilômetros da sede do município. Outras belezas naturais, como a Cachoeira da Fumacinha, do Lucuri e do Rio Preto, também fazem muito sucesso entre os turistas e atraem, principalmente, os adeptos de esportes de aventura como o rapel, o cascading, a escalada e o trekking.
A culinária de Ibicoara é umas da mais tradicionais da Chapada Diamantina. Com seus licores de sabores variados e doces com frutas orgânicas, o município é o primeiro destino pensado por visitantes que querem conhecer a natureza do local, mas não abrem mão de alimentos com sabores diferenciados.
Como chegar à Chapada Diamantina:
Existem três opções de transporte para chegar à região da Chapada Diamantina: de carro, de ônibus ou de avião. De carro, saindo de Salvador, é preciso ir pela BR-324, sentido Feira de Santana, de lá é possível seguir pela Estrada do Feijão, na BA-052, até Ipirá, que vai dae na estrada para Itaberaba e seguir pela BR-242. A outra opção é seguir de Feira de Santana pela BR-116 até a altura do Paraguaçu e pegar a BR-242.
Jornal da Chapada