Um homem foi encontrado morto na praia do Cristo da Barra, em Salvador, no último domingo (15), Júlio César Moreira, de 36 anos, era pedagogo e chegou chegou a trabalhar como professor, por cinco anos, no município de Barra da Estiva, na Chapada Diamantina.
O pedagogo estava a passeio na capital baiana juntamente com a família. De acordo com informações da Polícia Civil, a morte foi registrada sem indícios de crime. Porém, familiares de Júlio acreditam em outra hipótese. “Ele não pulou, ou alguém empurrou ele, ou foi assalto ou homofobia, que acredito que seja homofobia”, disse a mãe.
Júlio César morava na cidade de Curitiba, no Paraná, mas tinha uma longa história profissional com a Bahia. Quando morava no estado, ele trabalhou durante cinco anos na cidade de Barra da Estiva, entre os anos de 2008 e 2013, integrando o o grupo Folclórico Ítalo-Brasileiro Santa Felicidade.
A mãe de Júlio relata que ele saiu do local onde estava hospedado e afirmou que iria pedalar um pouco pela orla (Barra), mas as horas se passaram e o pedagogo não retornou. “Ele falou que ia dar uma pedalada e logo voltava pra gente comer alguma coisa. Fiquei a noite toda esperando e ele não voltou“, disse Josélia Moreira, mãe da vítima.
O celular, uma pochete com documentos e o boné que ele estava usando quando saiu de casa não foram encontrados. O corpo de Júlio foi achado com uma marca de pancada na cabeça, mas até o momento não foi confirmado se o ferimento foi motivado por queda ou violência. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O irmão de Júlio também não acredita que a morte do pedagogo foi causado por queda. “Fiquei sabendo pela manhã quando minha mãe me ligou. Não acredito que ele caiu daquele jeito, eu acredito que ele foi empurrado“, alegou Everson Moreira, irmão da vítima.
Segundo a Polícia Civil, câmeras de segurança da região onde Júlio foi encontrado morto serão utilizadas para ajudar na elucidação do caso, realizada pela delegacia especializada. Os agentes ainda solicitarão exame toxicológico e o desbloqueio dos registros telefônicos para auxiliar nas investigações.
A família da vítima espera a liberação do corpo de Júlio César. O corpo do pedagogo será transportado para Curitiba e, em seguida, seguirá para a cidade de Jaguariaíva, onde o sepultamento está programado para a próxima quarta-feira (18).
Jornal da Chapada