Carlinhos Brown, Larissa Luz, Iza, Gaby Amarantos, Rita Batista, Majur, Ingrid Silva, Clara Moneque, Thayza Ferreira foram alguns dos artistas que defenderam a troca do nome da Praça Visconde de Cairu para Maria Felipa em Salvador. A ação deste sábado aconteceu durante o Afropunk e envolveu todo o público presente.
“Para contexto, Maria Felipa foi heroína da independência da Bahia e do Brasil, ganhou um monumento ao lado do Mercado Modelo. Ela olha para Itaparica, onde viveu, e vigiou os portugueses. Maria foi escravizada e ao se libertar se tornou marisqueira, usava saias rodadas e jogava capoeira. Por isso a importância desse projeto ser sancionado pelo Executivo, pela hiatos de luta”, revela o vereador Luiz Carlos Suíca (PT), autor do projeto.
A história de Maria Felipa não ganhou os documentos oficiais e ela vive na tradição oral. Conta-se, por exemplo, que ela deu uma surra de uma planta chamada cansanção nos portugueses e fez eles se arderem de coceira. “Maria Felipa contribuiu para a independência da Bahia e do Brasil em 2 de julho de 1823 ao lado de Joana Angélica e Maria Quitéria, numa revolta liderada pelo povo e para o povo”, completa Suíca.
Na praça, um monumento feito por Nádia Taquary está em lugar de destaque, mas a região ainda chama Visconde de Cairu, um colonizador. Em entrevista, o prefeito Bruno Reis (UB) disse que a prefeitura deve aprovar o projeto. “Se a Câmara aprovar, eu sanciono”, disse o gestor à época. O projeto de lei do vereador Luiz Carlos Suíca segue tramitação na Câmara de Vereadores.