Antônio Gomes Peixoto, conhecido como ‘Pastor Toninho’, foi preso na última quinta-feira (30) em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, após mães denunciarem suposto abuso sexual de ao menos 9 crianças entre 1 e 10 anos de idade.
As crianças ficavam em uma espécie de creche improvisada aos cuidados da esposa de Peixoto, no bairro Veloso, na periferia da cidade. Os abusos eram cometidos em um cômodo no fundo do quintal, onde o pastor ministrava “cultos” para as crianças.
A Polícia Civil investigou o caso a partir de denúncias de um grupo de mães, que levaram relatos das crianças após suspeitarem de comportamentos suspeitos do homem, que chegou a ser levado para o 8º Distrito Policial de Osasco no domingo (27), mas foi liberado por não haver flagrante.
A prisão na última quinta-feira foi efetuada após a Justiça expedir um mandado de prisão temporário após ouvir os relatos das mães – incluindo vídeos em que as próprias crianças relatam os abusos.
https://x.com/SomenteOrestes/status/1730869316923351443?s=20
Um dos vídeos foi gravado pela empresária Jéssica Alessandra Leite, de 30 anos, mãe de duas meninas, de 6 e 3 anos, que ficavam com a cuidadora. Nas imagens, a criança aponta a genitália e diz que o pastor “tocava sua titita.”
“Uma mãe mandou mensagem pra mim quinta-feira. A filha dela é uma das maiorzinhas. A menina disse: ‘Mãe, o pastor beijou na minha boca e pegou na minha bunda’. Ele ameaçava dizendo que era enviado de Deus e que, se contassem, o capeta ia pegar elas de madrugada”, disse Jéssica ao portal Metrópoles.
“O pastor levava todo mundo para a igreja, pegava uma criança, colocava ela na frente do palco, de costas, e colocava a parte íntima dela junto com a dele e dizia que era assim que isso tinha sido feito”, emendou.
Cuidadora das crianças, a esposa do pastor chegou a gravar um áudio, enviado por WhatsApp, dizendo que as denúncias eram falsas e que confiava no esposo.
No entanto, diante das denúncias e da investigação da polícia, ela enviou novo vídeo dizendo que não sabia de nada.
“Gente, eu peço, não façam nada comigo. Eu nunca judiei das crianças. Eu amei todas elas, todas elas. Se alguma coisa aquele vagabundo fez, foi fora da minha presença, foi quando eu estava dormindo. Eu não sei como é que foi. Nenhuma criança falou nada para mim. Eu só quero ajudar vocês nesse processo”, diz a mulher no vídeo.
Jéssica diz que pagava R$ 1,5 mil por mês para a mulher cuidar das duas filhas. “Ela dizia que cuidava das crianças ‘por amor’, que sempre quis ser mãe, mas nunca conseguiu”.
Em depoimento, o pastor negou todas as acusações. “A gente não consegue ter dimensão da quantidade de crianças que podem ter sido vítimas. Até o momento, são três ou quatro pais e mães. O que as crianças relatam são abusos de passar a mão, acariciar. Ele nega tudo”, disse o delegado Luiz Henrique, do 8º Distrito Policial de Osasco. As informações são do site Fórum.