Deputada estadual mais votada da Bahia em 2022, Ivana Bastos (PSD) esteve no topo de outro ranking em 2023: o de liberação de emendas impositivas. De acordo com dados da Transparência Aberta, site de dados do Governo da Bahia. Dos R$ 2,3 milhões empenhados – ou seja, indicados pela parlamentar – R$ 2,2 milhões foram executados pela gestão Jerônimo Rodrigues (PT). Curiosamente, o segundo lugar do ranking pertence a um deputado oposicionista: Marcelinho Veiga, do União Brasil, teve R$ 2,1 milhões em emendas pagas.
O terceiro lugar está com dois parlamentares: o ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Nelson Leal (PP) e o deputado Junior Muniz (PT), aliado de primeira hora do secretário de Relações Institucionais Luiz Caetano, responsável por organizar a liberação das emendas. Ambos conseguiram o pagamento de R$ 2 milhões, cada, dos seus valores indicados.
Do outro lado do ranking, nas posições finais, estão os deputados Zó (PCdoB), Hilton Coelho (PSOL) e Alan Sanches (UB). O comunista, mesmo sendo da base do governo, viu apenas R$ 733 mil em suas emendas serem pagas. Já Hilton teve R$ 560 mil executados. E Sanches, líder da oposição na Casa, teve emendas pagas no valor de R$ 338 mil.
As emendas impositivas são uma forma de garantir que certos gastos ou investimentos sejam realizados conforme a vontade dos legisladores, nos municípios em que eles são votados – independentemente da administração ou do Poder Executivo. Essa prática visa garantir a execução de projetos específicos considerados importantes pelos deputados. Esse ano, a AL-BA aprovou um projeto que triplica o valor destinado a cada deputado. O aumento será gradativo e chegará, ao final, em R$ 3,6 milhões por parlamentar.
Veja, abaixo, o ranking de pagamento de emendas. É importante ressaltar que, por lei, deputados de primeiro mandato só terão direito a destinar emendas a partir deste ano:
Ivana Bastos (PSD) – 2,2 milhões
Marcelinho Veiga (UB) – 2,1 milhões
Nelson Leal (PP) – 2,0 milhões
Junior Muniz (PT) – 2,0 milhões
Paulo Rangel (PT) – 1,8 milhão
Adolfo Menezes (PSD) – 1,8 milhão
Fátima Nunes (PT) – 1,7 milhão
Luciano Simões Filho (PSD) – 1,7 milhão
Olívia Santana (PCdoB) – 1,7 milhão
Robinson Almeida (PT) – 1,6 milhão
Vitor Bonfim (PV) – 1,6 milhão
Robinho (UB) – 1,6 milhão
Alex da Piatã (PSD) – 1,6 milhão
Eduardo Alencar (PSD) – 1,6 milhão
Roberto Carlos (PV) – 1,6 milhão
Bobô (PCdoB) – 1,5 milhão
Maria del Carmen (PT) – 1,5 milhão
Sandro Régis (UB) – 1,5 milhão
Marquinho Viana (PV) – 1,5 milhão
Fabíola Mansur (PSB) – 1,5 milhão
Kátia Oliveira (UB) – 1,5 milhão
Laerte do Vando (PSC) – 1,4 milhão
Euclides Fernandes (PT) – 1,4 milhão
Jurailton Santos (REP) – 1,3 milhão
José de Arimatéia (REP) – 1,3 milhão
Zé Raimundo (PT) – 1,2 milhão
Samuel Júnior (REP) – 1,2 milhão
Tiago Correia (PSDB) – 1,2 milhão
Rosemberg Pinto (PT) – 1,1 milhão
Neusa Cadore (PT) – 1,1 milhão
Fabrício Falcão (PCdoB) – 1,08 milhão
Eduardo Salles (PP) – 1,07 milhão
Antonio Henrique Júnior (PP) – 1,05 milhão
Niltinho (PP) – 860 mil
Zó (PCdoB) – 733 mil
Hilton Coelho (PSOL) – 560 mil
Alan Sanches (UB) – 338 mil.
As informações são do site Política Livre.