O anúncio foi feito durante encontro de representantes dos blocos afros, afoxés e entidades de matriz africana com o governador Jerônimo Rodrigues, os secretários da Cultura, Bruno Monteiro, da Igualdade Racial, Ângela Guimarães, e de outras pastas estaduais, nessa terça-feira (9), no Centro Administrativo (CAB), em Salvador.
A reunião também foi uma escuta aos representantes de cada grupo e às suas necessidades, para a garantia da participação nos circuitos e para visibilizar os temas pensados por cada bloco todo ano. O governador Jerônimo relembrou a pedagogia em torno das composições das canções dos blocos afros e antecipou que o Estado deve investir nos blocos e entidades em outros períodos além do carnaval.
“O conteúdo das letras das músicas é muito intenso e os blocos sempre trabalham levando mensagens. Portanto, esse ano, preparamos uma homenagem ao meio século de vida dos blocos afros. Não só na Bahia, no Brasil e, por que não dizer, no mundo? A proposta foi avaliada, discutida e criticada pelos blocos afros. Chamamos eles para que pudessem apreciar essas possibilidades. Homenagem a gente não pede permissão. A gente quer fazer algo que não termine no Carnaval, mas uma política pública para os próximos dois, três anos”, detalhou.
A secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais, Ângela Guimarães, acrescentou que a Bahia foi escola para o desenvolvimento de blocos em todo o país. “Se a gente tem experiência de blocos afro no Brasil, deve-se exatamente ao protagonismo da Bahia. Então, é isso que esse momento de diálogo e de escuta revela. Há uma cultura negra, pulsante, ancestral, atual, futurista, que marca o diferencial da cultura baiana e que precisa ser cantada aos quatro ventos”, reforçou. As informações são do site Política Livre.