A cultura do machismo sempre esteve presente em quase todas as sociedades humanas, mas de tempos para cá, com o crescimento do fenômeno antifeminista e os discursos ultrarreacionários se inflamando cada vez mais, episódios extremos de violência contra a mulher assustam a todos. Foi o caso de Eduarda Amabile Correia, de 26 anos, moradora da cidade de Araucária, na região metropolitana de Curitiba (PR).
A jovem foi assassinada dentro de casa pelo marido, Tiago Trindade, segundo a Polícia Civil paranaense, porque ela se recusava a deixá-lo ver as mensagens que recebia em seu celular. Ainda conforme o delegado responsável pelo inquérito de feminicídio, que ocorreu na segunda-feira (29), o autor teria imobilizado a esposa com o joelho, colocado sobre o pescoço dela, para que o aparelho fosse desbloqueado pelo método de reconhecimento facial.
O corpo da vítima foi encontrado dentro da própria residência por familiares do marido dela, que fugiu do local. Ela chegou a ser levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas já era tarde, Eduarda estava morta. Tiago foi encontrado pelos investigadores no mesmo dia, conduzido a uma delegacia de Araucária, preso em flagrante e teria confessado o crime às autoridades, confirmando a versão sobre a intenção forçada de ter acesso às mensagens da mulher.
Surpreso com tamanha violência, o pai da jovem, Ayton Correia, disse à imprensa que jamais tomou conhecimento de qualquer fato relacionado a agressividade por parte do genro. Indignado, ele quer que o assassino pague pela tragédia que provocou. “Eu espero justiça, eu quero que ele pague pelo crime que ele cometeu”, disse o pai de Eduarda. As informações são do site revista Fórum.