A notícia de que um notebook mais do que suspeito foi apreendido pela Polícia Federal durante o cumprimento de mandados de busca contra Carlos Bolsonaro (PL-RJ), no gabinete do vereador na Câmara do Rio de Janeiro, deixou o clã político em polvorosa. Segundo a jornalista Bela Megale, do diário carioca O Globo, o computador, um entre os nove encontrados no local, estava identificado como “computador guardião” e tinha um aviso expresso para que a máquina não fosse conectada à internet de forma alguma.
Segundo fontes da investigação, é muito suspeita a relação do nome dado à máquina com a instrução para não a interligar a nenhuma rede. As mesmas fontes dizem que ainda é cedo para se tirar qualquer conclusão em relação ao conteúdo do notebook ou sobre qual era a sua função. O computador está sendo analisado desde a última terça-feira (30), quando chegou à superintendência da PF em Brasília.
Diante da informação, que se espalhou no noticiário e nas redes, o próprio Carlos Bolsonaro foi a seu perfil oficial no ‘X’ (antigo Twitter) para se pronunciar. Ele postou um texto técnico, presumivelmente não de sua autoria, “explicando” que o “hostname” do notebook, ou seja, o nome dado à máquina numa rede, não teria nada a ver com seu conteúdo. A narrativa parece claramente querer mostrar que o teor da memória não seria de algo ilegal.
“Nota Técnica: Entendendo o Hostname e Esclarecendo uma DESINFORMAÇÃO – O hostname, nome atribuído a uma máquina em uma rede, não possui correlação direta com as funcionalidades ou conteúdos armazenados em seu sistema. No caso da notícia veiculada sobre a máquina supostamente encontrada de posse do vereador Carlos Bolsonaro, é crucial esclarecer que o hostname, no exemplo mencionado como “Guardião”, não determina a natureza da máquina. O hostname é uma convenção textual que facilita a identificação de um dispositivo em uma rede. Sua escolha é arbitrária e pode ser qualquer combinação de caracteres escolhida pelo usuário, sem qualquer impacto intrínseco nas características ou propósitos do sistema. Comparando o hostname a nomear uma máquina como “AQUARIO”, isso não implica, de maneira alguma, que a máquina contenha peixes. É uma analogia apropriada para ilustrar que o hostname é simplesmente um rótulo, desprovido de indicativos sobre o conteúdo ou funcionalidade do sistema. Portanto, é imperativo separar o conceito de hostname da alegação infundada relacionada à presença do sistema “Guardião” na máquina em questão. A disseminação de informações precisas e fundamentadas é crucial para evitar interpretações errôneas e preservar a integridade das informações técnicas”, diz o texto postado por Carlos Bolsonaro. As informações são do site revista Fórum.