Após vir à tona o escândalo de nepotismo e favorecimento de familiares promovido pela prefeita de Ibititá, o Ministério Público da Bahia (MP-BA), em virtude da grave inconstitucionalidade, recomendou a imediata exoneração de Ramilla de Jesus Santos e Verucia dos Santos Alencar. Sobrinha e irmã de Nilvinha dos Santos, respectivamente, as duas ocupavam cargos de confiança nas Secretarias de Educação e Administração.
No documento, o MP destaca a imperativa “necessidade de se resguardar a imagem da Gestão Pública, privilegiando-se critérios objetivos e impessoais na formação da equipe que prestará serviço à sociedade local”. Ciente dos prejuízos causados ao erário público, a prefeita acatou a recomendação e as demissões foram publicadas no Diário Oficial, da última quinta-feira (15). Agora, se elas permaneceram nas funções por mais de três anos, por uma questão lógica, resta saber: quando o dinheiro, ganho indevidamente, será ressarcido ao Tesouro Municipal?
Alvo de inquéritos, ações e processos judiciais, Nilvinha dos Santos será confrontada a tomar providências quanto ao contrato firmado, de forma ilegal e imoral, pela Prefeitura com o seu próprio filho, Ravan de Miranda, que faturou licitação com dispensa no valor global de R$ 45.890,00. Do mesmo modo, o município, cedo ou tarde, terá de se debruçar sobre a situação do engenheiro agrônomo Anselmo Oliveira Alencar, cunhado da gestora, cujo contrato é de R$ 72 mil. A vasta relação de parentes beneficiados pela matriarca, também inclui outra irmã e pelo menos mais um sobrinho.
Na cidade, assim como novelas e campeonatos de futebol, a comunidade inteirinha aguarda com ansiedade os próximos desdobramentos. Mas, levando em conta os últimos fatos, parece que o império familiar começou a ruir e Nilvinha, inevitavelmente, terá que seguir ‘cortando na própria carne’. As informações são de assessoria.