A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), protocolou na noite da última quinta-feira (22), um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ele ter comparado as mortes na Faixa de Gaza ao Holocausto. O pedido foi protocolado com cerca de 140 assinaturas.
O requerimento contou com mais nomes do que os pedidos de impeachment que derrubaram do poder Fernando Collor e Dilma Rousseff. Os dois ex-presidentes foram os únicos que tiveram impedimento da continuidade do mandato pelo Congresso Nacional desde a promulgação da Constituição Federal de 1988.
A informação foi confirmada pela Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados. Segundo Zambelli, o pedido reúne inclusive assinaturas de membros de partidos que são da base aliada do petista no Congresso Nacional. Ela diz que outros cinco parlamentares também indicaram que querem assinar o documento.
De acordo com a Folha de S.Paulo, para os deputados, a declaração polêmica de Lula sobre a Guerra Israel-Hamas foi crime de responsabilidade. A fala foi, segundo eles, “ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.
Na terça-feira (20), um grupo de parlamentares do PL e da oposição ao governo concedeu uma entrevista coletiva à imprensa. Nela, Zambelli disse que o pedido “não é ideológico”, mas que Lula cometeu crime de responsabilidade e que o Congresso tem “a responsabilidade de responder à altura”.
Agora, a Secretaria-Geral está conferindo as assinaturas de cada um dos parlamentares. A abertura do processo depende do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Lira não tem prazo para analisar esses pedidos, que podem ficar em sua gaveta por tempo indeterminado. Em caso de arquivamento da solicitação, pode haver recurso ao plenário. As informações são do site Terra.