O presidente da União Geral dos Trabalhadores da Bahia (UGT-BA), Marcelo Carvalho, disse que o Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta sexta-feira (8), deve ser um dia de reafirmação da luta pela igualdade de gênero, lembrando o Projeto de Lei nº 1085, sancionado no ano passado pelo presidente Lula. No caso de descumprimento por parte das empresas, frisou o dirigente, é necessário fazer a denúncia aos sindicatos ou ao poder público.
O sindicalista criticou as diferenças salariais ainda existentes entre homens e mulheres no mercado de trabalho, conforme mostrou estudo divulgado em 2023 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com dados do 4º trimestre da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, o Brasil contava no ano passado com 90,6 milhões de mulheres com 14 anos ou mais, das quais 47,8 milhões faziam parte da força de trabalho, recebendo 22,3% menos do que o rendimento dos homens.
“Os dados são gritantes quando olhamos para dentro das estatísticas. É o mesmo trabalho, a mesma função e carga horária, recebendo até metade do que ganha um homem. Por isso os nossos parabéns e agradecimentos hoje são para essas mulheres baianas trabalhadoras e guerreiras”, disse Marcelo Carvalho.
O presidente da UGT-BA aproveitou para saudar o protagonismo da mulher como chefe de família, líder sindical, cientista, professora, servidora, comerciária, política, esportista e empreendedora e defendeu mais políticas para geração de emprego, trabalho e renda para as mulheres como forma de combate à discriminação de gênero. Hoje, às 13h, ele participa da caminhada “Em defesa da Democracia, Pela Igualdade Salarial, Por mais Mulheres na Política e Pelo fim da Violência Contra as Mulheres”, promovida pelo Fórum Estadual de Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais na Bahia (UGT, CUT, CTB e Força Sindical). As informações são de assessoria.