De acordo com o Banco Central, do total de R$ 93 bilhões em precatórios, apenas R$ 3,18 bilhões (3,4%) foram destinados aos bancos possuidores desses documentos. E dos R$ 3,18 bilhões pagos, apenas R$ 1,68 bilhão correspondem a precatórios adquiridos pelos bancos de outras partes. Ou seja, apenas 1,8% dos R$ 93 bilhões foram destinados a precatórios que pessoas físicas venderam antecipadamente aos bancos!
Os R$ 1,5 bilhão restantes pertencem a precatórios de credores originais que são as próprias entidades financeiras. Em suma, Ciro Gomes mentiu. Que vergonha, Ciro. Que vergonha. Acusar sem provas é coisa de moleque. Na Roma Antiga, nos conta Montesquieu, imprimia-se na testa do falso acusador, com brasa em fogo, a letra K, de caluniador (em latim antigo, Kalumnia).
Em alguns casos, caluniar é pior que roubar, sobretudo quanto a motivação é torpe. É o caso de Ciro Gomes, cuja motivação é claramente golpista. Ele quer derrubar o governo Lula, motivado pela mais descontrolada inveja, pois queria para si o cargo ocupado pelo petista. A desonestidade às vezes dá certo para alguns políticos. Para outros, não.
Sua carreira política já estava enterrada, por causa da sua campanha chauvinista, vil, irresponsável, baseada em mentiras e grosserias contra Lula, o único que poderia nos salvar do abismo, além de um aliado de longa data de seu próprio partido. A Folha acaba de publicar uma reportagem que enterra, definitivamente, sua reputação.
Em seu desespero para encontrar um grande “escândalo” no governo Lula, Ciro Gomes passou os últimos dias vendendo uma mentira. Confira abaixo o vídeo em que ele “explica” (embora ser apresentar uma mísera prova) o que ele chama de a maior corrupção da história do Brasil, maior que “petrolão” e “mensalão”. Sim, ele usa esses termos, o que deixa ainda mais explícita sua intenção vingativa de agitar forças golpistas e reacionárias latentes na sociedade brasileira.
Segundo Ciro, os bancos receberam informação privilegiada e compraram grandes quantidades de precatórios a baixo preço, porque sabiam, e só eles sabiam, que o governo iria pagar integralmente todos os precatórios em atraso no país. A acusação nunca fez sentido, porque Lula vinha sinalizando o pagamento desses precatórios desde a sua campanha.
Ele também não oferecia nenhuma prova de sua acusação. Mesmo os supostos “indícios” se baseavam numa informação arrancada de algum lugar obscuro de si mesmo: os bancos teriam comprado, segundo ele, a maior parte desses precatórios, de maneira que a maior parte dos R$ 93 bilhões separados para pagar essas dívidas teriam ido para as instituições financeiras.
Ele não dá provas de nada. No “vídeo” divulgado em seu canal de youtube, não há informações sobre percentuais de precatórios em posse de bancos, quando teria havido esse comércio, se houve algum volume fora do normal em algum momento. Nada.
Desde a campanha, Ciro vem se vendendo como uma espécie de maoísta furioso contra os bancos no Brasil, o que agrada uma parte da esquerda ingênua, que não enxerga o oportunismo de Ciro, visto que ele, quando ministro da Fazenda do governo Itamar, trabalhou para privatizar bancos estaduais em todo país, ajudando na concentração bancária vigente hoje.
Vamos à notícia da Folha, que resumi abaixo. Ela põe um ponto final em mais uma sórdida e desesperada mentira de Ciro Gomes. Apenas 3,4% dos precatórios quitados foram direcionados a bancos, informou o Banco Central ao Painel da Folha. O dado refuta a alegação de Ciro Gomes de que os R$ 93 bilhões pagos acabaram no sistema financeiro.
De acordo com o Banco Central, do total de R$ 93 bilhões em precatórios [decisões judiciais] em atraso pagos pelo governo federal com o aval do STF (Supremo Tribunal Federal) em novembro, apenas R$ 3,18 bilhões (3,4%) foram destinados aos bancos possuidores desses documentos judiciais.
Ademais, dos R$ 3,18 bilhões pagos, somente R$ 1,68 bilhão correspondem a precatórios adquiridos pelos bancos de outras partes. Ou seja, apenas 1,8% dos R$ 93 bilhões foram destinados a precatórios que pessoas físicas venderam antecipadamente aos bancos! Os R$ 1,5 bilhão restantes pertencem a precatórios de credores originais que são as próprias entidades financeiras.
Essas informações contrapõem-se às declarações do ex-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT), que domingo (10) veiculou um vídeo alegando que os R$ 93 bilhões liquidados foram para o sistema bancário.
Dos valores liquidados, R$ 49 bilhões referem-se a precatórios de natureza alimentar, majoritariamente pagos a trabalhadores e aposentados que já haviam obtido vitória definitiva em ações judiciais com trânsito em julgado (sem chance de recurso) contra a União. As informações são do site DCM.