O vice-presidente do União Brasil e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, abordou a carência de voos comerciais que liguem Salvador a diversas regiões do interior baiano, destacando o impacto negativo dessa situação no desenvolvimento econômico do estado.
Neto destacou a importância da Bahia Farm Show, realizada esta semana na cidade de Luís Eduardo Magalhães, uma das maiores feiras da agropecuária brasileira, e a força crescente do setor no oeste da Bahia. No entanto, ele enfatizou que a falta de voos comerciais para cidades-chave como LEM e Barreiras é um reflexo da omissão do governo estadual. “As pessoas me paravam assim para dizer, ‘poxa, Neto, é impressionante, não tem um voo que ligue Salvador à região oeste'”, afirmou, criticando a necessidade de deslocamentos longos e inconvenientes para participar de eventos ou tratar de assuntos na região.
O problema, segundo Neto, não é exclusivo do oeste baiano. Ele citou exemplos de outras áreas turísticas e economicamente relevantes do estado que enfrentam desafios semelhantes. Porto Seguro, um destino turístico de destaque, conta apenas com um voo semanal, geralmente aos sábados, com passagens disponíveis somente a partir de agosto. Ilhéus, conhecida como o berço da região sul da Bahia, tem situação semelhante, com voos semanais às quintas-feiras e passagens disponíveis apenas a partir de julho.
A situação em Feira de Santana também foi mencionada, onde um voo comercial, anunciado após muita pressão, durou apenas alguns dias. Neto também destacou a Chapada Diamantina e o norte do estado como regiões afetadas pela falta de integração aérea. “O governo várias vezes prometeu que iria atrás das empresas aéreas, que ia buscar participar de um programa de estímulo para que esses voos conectassem o nosso interior, e isso nunca aconteceu”, declarou.
Para ACM Neto, a ausência de uma malha aérea eficiente isola economicamente as regiões, dificultando a atração de investimentos e a geração de emprego e renda, contribuindo para o alto índice de desemprego no estado. “Não é por outro motivo que a Bahia, infelizmente, continua sendo o estado no Brasil com o maior número de pessoas desempregadas”, lamentou.
Neto concluiu destacando a necessidade de um olhar integrador por parte do governo estadual, incentivando a participação direta no estímulo às empresas aéreas para estabelecer conexões entre o interior, a capital e outras cidades do Brasil. “Nós precisamos mudar essa realidade. O governo do Estado já perdeu tempo demais”, finalizou. As informações são de assessoria.