Estudantes de Juazeiro, Boninal, Campo Formoso, Caravelas, Vitória da Conquista e Bom Jesus da Lapa representaram a Bahia na 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), encerrada no último sábado (13) em Belém (PA). Durante o evento, os alunos apresentaram 13 projetos científicos focados na integração entre conectividade e sustentabilidade.
Com o tema “Ciência para um futuro sustentável e inclusivo: por um novo contrato social com a natureza”, o evento reuniu estudantes de todo o país em uma celebração do conhecimento científico e da inovação. As apresentações, ricas em diversidade de temas e abordagens, foram realizadas no SBPC Jovem.
Juazeiro, apresentou três projetos na exposição: “Proposta de letramento racial por meio do Encrespa e dos componentes Iper e SD”, que tem como foco a educação antirracista e a busca pelo processo de identificação social; “Hand Speak Connect”, que estuda os impactos do uso de um equipamento para comunicação em tempo real com estudantes surdos ou mudos; e o “Eccodefas – jardinagem sustentável, cultive com responsabilidade”, que visa a criação de uma área verde na escola com horta e plantas nativas da Caatinga.
Os estudantes do Colégio Estadual Professora Hilda Monteiro Menezes, localizado em Campo Formoso, apresentaram os projetos “Sisal com(ciência): bioplástico produzido a partir da fibra de sisal” e “Umbu com(ciência): bioplástico desenvolvido a partir da fibra do caroço de umbu”. Ambos os projetos foram desenvolvidos com o objetivo de mitigar os impactos ambientais causados pelos plásticos convencionais.
Os alunos do Colégio Estadual de Tempo Integral Rui Barbosa, localizado em Boninal, destacaram-se ao apresentar o projeto intitulado “Era Digital: O Uso das Telas na Infância e Suas Implicações no Desenvolvimento Infantil”. O trabalho inovador investigou os impactos do uso de dispositivos eletrônicos no cotidiano das crianças, analisando como a exposição prolongada às telas pode influenciar o desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos jovens.
Um dos projetos de maior relevância foi desenvolvido pelo Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC) de Vitória da Conquista. Trata-se do “Cats: jogo digital criado por estudantes de escola pública para favorecer o desenvolvimento do pensamento computacional na Educação Básica”, elaborado com o propósito de contribuir para os estudos sobre o pensamento computacional nessa fase educacional.
Outros três projetos apresentados vieram do Colégio Polivalente de Caravelas. O projeto “Ancestralidade: Narrativas das Anciãs sobre a História da Comunidade Ribeirinha Miringaba/Tapera” busca dar visibilidade às mulheres ribeirinhas e marisqueiras de Miringaba e Tapera, destacando suas histórias e contribuições culturais. Já o projeto “Uso das Redes Sociais para Sensibilizar a Importância da Andada do Caranguejo para sua Sustentabilidade nos Manguezais de Caravelas” visa ressaltar a relevância da andada do caranguejo para a comunidade local, utilizando as redes sociais como ferramenta de conscientização. Por fim, o projeto “O Impacto do Crescimento Habitacional sobre Catadores de Mangaba da Barra de Caravelas-BA” investiga as consequências econômicas e ambientais que o aumento das habitações tem sobre os coletores de mangaba,
Representando Bom Jesus da Lapa, os estudantes do Colégio da Polícia Militar estão apresentando três projetos distintos. São eles: “Educação e inclusão social: a importância de promover a participação plena e igualitária dos autistas nas escolas públicas (2017-2023)”; “Genocídio do povo Yanomami: o passado colonial é realmente passado? (Brasil, 2018-2022)”; e “Entre o passado colonial e o presente exploratório: discussões sobre o marco temporal indígena (Brasil, 2023)”.
Jornal da Chapada